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Aldo defende equilíbrio de forças na Câmara

´Poderia dizer que mais presidi a crise do que a Casa´, disse o candidato à reeleição

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), defendeu, em seu discurso, o equilíbrio das forças políticas na Casa. Disse que não tem projeto pessoal e que receberá com resignação a decisão de seus colegas. Ele lembrou que esteve sempre alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que sua história é de lealdade. Aldo lembrou, no entanto, que seu partido teve posições diferentes em alguns momentos do que a unidade que cercava Lula. Sem citar o PT, disse que na eleição de Tancredo Neves pelo colégio eleitoral o PT se ausentou e ao aprovar a Constituição em 1988 - "que os petistas se negaram a assinar" - houve diferenças. "Creio que o Brasil democrático que estamos construindo precisa de fato de unidade. Mas precisa da harmonia. Esta casa precisa de equilíbrio entre forças políticas", disse Aldo, completando que é necessário manter esse equilíbrio entre a força do governo e a da oposição. Ele disse que o que o separa dos outros candidatos são idéias, conceitos e opiniões sobre o que deve constituir a casa do povo brasileiro. No início de seu discurso, Aldo ressaltou que exerceu a presidência da Casa em momento de crise política do País e da Câmara. "Poderia dizer que mais presidi a crise do que a Casa", disse. Aldo lembrou em seguida que a cada quarta-feira era julgado um processo de cassação de mandato parlamentar. Lembrou ainda que enfrentou a invasão e depredação da Câmara sem citar, no entanto, o Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), organização que comandou a invasão e depredação do prédio. Aldo destacou que a Câmara é "uma casa das diferenças, do debate e do conflito, mas também de unidade para construir o caminho dos interesses do povo". Ele voltou a citar o célebre corneteiro Pirajá, em conflito da Bahia, que, ao receber ao ordem de executar o toque para que as tropas debandassem, executou o avanço da cavalaria inexistente. O resultado foi que os portugueses, amedrontados com a possibilidade de serem atacados por uma cavalaria, fugiram.

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