PUBLICIDADE

Alcolumbre diz que líder do governo no Senado será definido na próxima semana

Presidente da Casa conversou com Bolsonaro nesta sexta e cita Fernando Bezerra, Izalci e Roberto Rocha entre cotados

Por Teo Cury
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse nesta sexta-feira, 15, que o nome do novo líder do governo na Casa deve ser definido na próxima semana. O senador esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro por cerca de uma hora no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

"(Bolsonaro) Está avaliando vários nomes. Não perguntei (quais). Deve definir semana que vem", disse. O senador afirmou a jornalistas que destacou a Bolsonaro a importância de o governo definir com rapidez um líder, uma vez que o Congresso está em atividade e que as comissões da Casa já estão instaladas.

O presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) ser escolhido, rebateu: "O senador Fernando Bezerra está sendo cogitado há algum período, assim como o senador Izalci (PSDB-DF), o próprio senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Acho que isso é uma decisão do governo, que é quem tem que decidir isso aí".

Davi Alcolumbre também comentou que Bolsonaro voltará a despachar do Palácio do Planalto já na segunda-feira, 18.

Investigação. O presidente do Senado voltou a dizer que o corregedor, senador Roberto Rocha, "está tendo total liberdade de investigar e de apurar" a suposta fraude na votação da presidência da Casa, no dia 2, quando Alcolumbre foi eleito. "Logo mais vamos ter as informações da Corregedoria", disse.

Estado mostrou esta semana que a corregedoria do Senado pediu a ajuda do ministro da Justiça, Sergio Moro, para descobrir se houve fraude na eleição. Na ocasião, foram encontradas 82 cédulas na urna de votação, um a mais do que o número de senadores na Casa. Seis parlamentares estão sob suspeita.

Caso Bebianno. Ele também disse que a tensão instalada entre o presidente e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que causou preocupações entre membros do governo e a base no Congresso, não atrapalha o andamento da reforma da Previdência nas Casas. "Essa crise é do governo, o governo tem que dar uma solução. O Senado nem deve interferir. Acho que não (trava o andamento da reforma)", disse a jornalistas, após encontro de pouco mais de uma hora com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.

Publicidade

O caso, que tem origem em suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas pelo PSL e desavenças antigas entre o ministro e o vereador Carlos Bolsonaro, chegou ao seu ponto de ebulição após o presidente admitir a possibilidade de Bebianno sair do governo. A crise ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coesão para as negociações da pauta de votação mais importante no Legislativo, a da reforma da Previdência. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.