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Alckmin volta a dar aulas em São José dos Campos

Ex-governador paulista, que irá estudar em Harvard até junho, diz que não tem aposentadoria e nem patrimônio e que precisa precisa manter a família

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) retomou na noite desta segunda-feira à carreira de professor com uma aula inaugural na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) em São José dos Campos, Vale do Paraíba. Alckmin foi contratado pela faculdade para ministrar aulas, a partir do segundo semestre, no curso de Gerente de Cidade, criado há dez anos pela instituição. Antes de assumir o cargo, onde vai dar aulas nas unidades de São José dos Campos e São Paulo, o ex-candidato a presidente viaja para os Estados Unidos, onde vai estudar na Universidade de Harvard até o final de junho. "Ir para Harvard é uma grande oportunidade de estudar temas de políticas públicas e depois o magistério, que eu adoro. Gerência de cidades é um tema apaixonante", disse, pouco antes da palestra, para 140 pessoas, no auditório da Faap. "Vou falar sobre administração pública e mostrar as vantagens do contrato de gestão". A oportunidade de ser professor, para Alckmin, não significa abandonar a carreira política. "Eu não tenho aposentadoria, não tenho patrimônio e preciso manter minha família, por isso, vou dar aula. Quanto à vida pública, continuo nela. Acabo de chegar do Acre onde fui agradecer os votos que recebi". Assim que voltar dos Estados Unidos, além de assumir as aulas, Alckmin planeja percorrer alguns lugares do país onde teve votações expressivas. "Quero percorrer o país para agradecer os votos". Críticas ao PAC Em uma coletiva rápida, o ex-governador criticou o lançamento do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) feito pelo presidente Lula. "Se gerar emprego, é bem-vindo, é necessário. Mas não é suficiente para o crescimento. Falta reforma tributária, fiscal e política. O governo não tem nem ministério". Alckmin preferiu não falar muito a respeito das causas da tragédia na construção da linha 4 do Metrô de São Paulo. "O momento é de solidariedade às famílias. É prematuro criticar, falar sobre as causas. Quantas coisas estão sendo faladas de forma incorreta e nesta hora o melhor é falar pouco". Ele também rebateu as críticas de que o método de escavação e detonação de rochas usado na obra do Metrô não tenha sido o adequado. "Ali não poderia ter sido tatuzão". Para o ex-governador a obra teria que ser fiscalizada todos os dias. "Não sou responsável. Deixei de ser governador há quase um ano e esta obra tem que ser fiscalizada todo dia".

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