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Alckmin tenta acordo para diretório municipal do PSDB

De olho em 2012, governador busca evitar embate entre vereadores e deputados estaduais dentro da sigla

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Por Redação
Atualização:

De olho nas eleições de 2012, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu a aliados que busquem nas próximas semanas um acordo para o lançamento de um nome de consenso para o comando municipal do PSDB em São Paulo. A iniciativa, de acordo com tucanos, tem como intuito não criar atritos com a bancada da sigla na Câmara, que tem insistido na candidatura de um vereador para o posto.

 

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O governador pretende evitar que um embate neste momento reflita nas eleições municipais do ano que vem, criando uma nova cisão no PSDB. Em 2008, 11 dos 12 vereadores da bancada do PSDB declararam apoio à reeleição do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), em oposição à candidatura da legenda, capitaneada na época por Geraldo Alckmin. As investidas em torno de um consenso serão iniciadas na próxima semana, após as eleições dos diretórios zonais, no domingo.

 

A discussão em torno da sucessão do diretório municipal começou em fevereiro, quando a bancada do PSDB na Câmara deu início a uma agenda de encontros com lideranças tucanas, entre elas os ex-governadores José Serra e Alberto Goldman. O intuito dos vereadores é dar as cartas na disputa de 2012, inclusive na escolha do candidato a prefeito.

 

O vereador Carlos Bezerra Jr., deputado estadual eleito (tomará posse na semana que vem), tem sido apontado por tucanos como o candidato dos vereadores para o diretório municipal. Na contramão, aliados de Alckmin têm defendido o nome do secretário estadual de Gestão Pública, Julio Semeghini. O secretário é o atual 1º vice-presidente do diretório municipal e um dos "escudeiros" do governador.

 

A escolha de Semeghini, na avaliação de lideranças do PSDB , é uma forma de Alckmin garantir a sua influência na indicação do candidato do partido nas eleições de 2012. Segundo um aliado do governador, Semeghini teria o apoio até mesmo do atual presidente do diretório municipal, José Henrique Reis Lobo, coordenador financeiro da campanha de José Serra à sucessão ao Palácio do Planalto, em 2010. Em comunicado, por meio de sua assessoria, Lobo evitou se posicionar sobre as eleições, "porque ainda não tem nenhuma chapa formulada oficialmente".

 

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