Alckmin, Skaf e Padilha tentam evitar confronto no SBT

Ficou para os candidatos de partidos menos expressivos o papel de partir para o confronto

PUBLICIDADE

Por WLADIMIR DANDRADE e CARLA ARAÚJO E MATEUS COUTINHO
Atualização:
O candidato mais combativo foi Laércio Benko (PHS), que atacou Alckmin em relação à mobilidade urbana Foto: Evelson de Freitas/Estadão

No primeiro bloco do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, promovido pelo site UOL, Folha de S.Paulo, rádio Jovem Pan e transmitido pelo SBT, nesta segunda-feira, 25, os principais nomes na disputa evitaram confronto entre si. Os candidatos escolheram um adversário para fazer pergunta, mas Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) evitaram um ao outro e preferiram debater com os outros rivais. Ficou para os candidatos de partidos menos expressivos o papel de partir para o confronto.

O candidato mais combativo foi Laércio Benko (PHS), que atacou Alckmin em relação à mobilidade urbana. Ele citou atrasos em obras do Rodoanel e disse que a expansão do metrô acontece a uma velocidade abaixo do desejado. Quando perguntado sobre suas propostas para a área pelo próprio governador, Benko disse: "É tirar do papel tudo que está no papel do seu governo há 20 anos."

PUBLICIDADE

Benko também confrontou Skaf a respeito do voto do peemedebista para presidente. Skaf novamente respondeu que seguirá o voto do partido, que tem Michel Temer (PMDB) como candidato à vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT). Banko, no entanto, insistiu. "A população de São Paulo precisa saber que lado cada um se encontra aqui. Eu, por exemplo, vou votar na Marina Silva. A grande incógnita é o senhor", disse Benko.

Gilberto Maringoni (PSOL) atacou Padilha a respeito da ação do petista em buscar o exemplo da polícia dos Estados Unidos para implementar no Estado, caso ele seja eleito. Maringoni criticou Padilha ao citar os confrontos entre a polícia norte-americana e cidadãos no sul do País.

O PT e a água

Padilha questionou Alckmin, quando o assunto da crise da distribuição de água no Estado foi colocado no debate por jornalistas no segundo bloco do programa. Padilha negou que fará racionamento, caso seja eleito, e criticou os atrasos nas obras para o sistema de abastecimento da Capital paulista que já deveriam ter saído do papel.

Alckmin, por sua vez, defendeu a sua gestão ao justificar que o Estado passa pela maior seca desde 1953. "Esse ano choveu metade do que foi registrado em 1953", afirmou Alckmin, na sua réplica à fala de Padilha. Ele disse que o governo trata do problema com obras no sistema de abastecimento de água e conscientização da população para economizar o recurso.

Publicidade

Padilha insistiu nas críticas e citou falta de água em vários bairros da capital, desde o início do ano. Afirmou que no bairro da Vila Madalena a Sabesp só esperou passar o período da Copa do Mundo para iniciar o racionamento da distribuição. "Esses seus números não enchem a caixa d''água de ninguém", disse o petista. (colaboraram Valmar Hupsel e Ricardo Chapola)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.