Alckmin quer entrar na Justiça contra lista de Furnas

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que já deu início aos procedimentos necessários para definir qual medida judicial é adequada para contestar a informação de que estaria ligado a um esquema de caixa dois de campanha envolvendo Furnas. O governador, que consta em uma lista de supostos beneficiários do esquema que está sendo investigada pela Polícia Federal, defendeu também a necessidade de se investigar as denúncias para punir os responsáveis. "Tudo tem de ser investigado. É claro que tem de ser, até para verificar quem fez isso e pôr na cadeia o criminoso", afirmou o governador, após entregar apostilas e cartões bancários a bolsistas do programa Frente de Trabalho, criado com o objetivo de empregar moradores de rua. "Já determinei que se verifique qual a medida judicial que pode ser tomada", acrescentou. Questionado sobre se a divulgação da lista pode vir a abalar sua pré-candidatura à Presidência da República, Alckmin voltou a destacar a falsidade do documento e ressaltou que a população saberá julgar o caso. "A população não é boba e sabe distinguir bem o joio do trigo." O governador aproveitou a ocasião para negar mais uma vez que tenha recuado em sua intenção de deixar o governo do Estado até o fim de março para disputar a corrida presidencial. A suspeita foi levantada após Alckmin ter adotado um tom enigmático ao comentar o assunto ontem, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Hoje, Alckmin enfatizou que mantém sua pré-candidatura, se dispondo inclusive a disputar a cabeça da chapa tucana com o prefeito da capital paulista, José Serra, caso seja necessário. Até agora, Serra não assumiu publicamente sua pré-candidatura. "Entendo que há todas as possibilidades de um bom entendimento (no PSDB). Mas se for estabelecida uma disputa, se houver mais de um candidato, eu vou disputar. Não há nenhum problema". Apesar das declarações, o governador insistiu que não acredita na idéia de que existe desde já um clima de disputa dentro do partido. Ele esclareceu ainda que, caso exista, essa disputa será solucionada por meio de um entendimento dentro do PSDB e não por uma convenção.

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