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Alckmin não correu risco, garante secretário

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não correu risco em nenhum momento de sua participação nas negociações para libertação do apresentador e empresário Silvio Santos, garantiu o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi. "Durante todo o tempo, o governador esteve protegido por um escudo balístico", disse o secretário. Petrelluzzi revelou que participou diretamente da decisão de trazer o governador para o centro das negociações. De acordo com secretário, a presença de Alckmin "em nenhum momento" fez parte das exigências do seqüestrador Fernando Dutra Pinto. "Silvio Santos foi quem insistiu conosco para que trouxéssemos o governador. Ele acreditava que essa seria uma prova máxima de garantia de integridade que se poderia dar ao seqüestrador", afirmou. A decisão de participar das negociações foi tomada em conjunto pelo próprio Alckmin, pelo secretário e pelo comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, Rui César Melo, que comandou as operações. "O governador estava em Jundiaí e, assim que recebeu o pedido de Silvio Santos, de dispôs a voltar para São Paulo", contou Petrelluzzi. "O governador queria vir diretamente para a casa do apresentador, mas decidimos que seria melhor ele esperar no Palácio dos Bandeirantes, enquanto as negociações avançavam." De acordo com o secretário, a avaliação feita por Silvio Santos e, em seguida, pelo comando das operações foi correta. "Assim que conseguimos garantir a segurança do governador e ele entrou, o seqüestrador se entregou. Foram menos de quinze minutos", lembrou ele. Petrelluzzi afirmou que, "em nenhum momento", o seqüestrador fez qualquer exigência para uma possível fuga. "Tudo o que ele queria era a garantia de sua integridade", disse. O secretário explicou a colocação do comando das operações nas mãos da Polícia Militar, lembrando a morte dos dois investigadores do 99º Distrito Policial, executados a tiros, ontem, numa tentativa isolada de prender o seqüestrador. "Se ocorresse qualquer coisa com ele, no desfecho do episódio, isso poderia ser atribuído a alguma forma de vingança", disse Petrelluzzi. Durante todas as negociações, policiais civis se mantiveram apenas na retaguarda. "Qualquer manual de gestão de situação de crises determina que o comando seja unificado e, diante das circunstâncias, ficou nas mãos do comandante da PM", disse.

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