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Alckmin lembra Covas ao enfrentar protesto de professores

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentou no fim da tarde deste sábado uma pequena manifestação de professores em Poá, na Grande São Paulo, durante inauguração de um novo complexo viário na cidade. Para fazer frente às palavras de ordem do grupo, o governador paulista lembrou os enfrentamentos que seu antecessor, o falecido governador Mário Covas, manteve com a categoria durante vários anos de governo. "Esse pequeno grupo violento é o mesmo que jogou ovo, pedra e deu pauladas no governador Mário Covas, mesmo quando ele estava doente", disse o governador, em seu discurso. "Mas o povo de São Paulo fez uma grande manifestação de apoio a Mário Covas quando ele morreu e essa meia dúzia já está perdoada", complementou. Um pequeno grupo, de não mais do que 30 pessoas, protestava em frente ao palanque, com palavras de ordem e faixas pedindo respeito ao setor de educação. Algumas faixas eram assinadas pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) na cidade de Suzano, na região de Poá. A Apeoesp lidera a campanha salarial da categoria e ameaça deflagrar uma greve no ensino estadual no início de abril. O governador não se exaltou durante a manifestação. "A vida não se faz com ira, nem com raiva, mas com amor e paz", argumentou, sob aplausos das cerca de mil pessoas presentes ao evento. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana de Poá observaram pacificamente o protesto. Após o encerramento, os manifestantes acusavam Alckmin de "fascismo", por não dialogar com a categoria. De seu lado, o tucano manteve serenidade e, sorridente, seguiu cumprimentando a população local. Depois, em entrevista coletiva, afirmou que apenas em pagamento de salários aos servidores do ensino estadual, incluindo também diretores e demais categorias, São Paulo gastou mais de R$ 500 milhões no ano passado. "É quase um orçamento de Roraima", argumentou, ao relatar também que o secretário de Educação do Estado, Gabriel Chalita, já abriu diálogo com os professores.

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