Alckmin ironiza Lula e diz que ele está 'sitiado'

Governador de São Paulo rebate falas do ex-presidente que afirmou na noite de sábado, durante aniversário do PT, que a oposição não iria 'destruí-lo'

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin Foto: FELIPE RAU|ESTADAO

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ironizou neste domingo, 28, as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feitas na noite de sábado durante a festa de aniversário do PT, no Rio de Janeiro. O ex-presidente disse que a oposição não iria destruí-lo, afirmou que os petistas “não podem levar desaforo para casa” e que acabou a fase “Lulinha paz e amor”.  “O Lula paz e amor vai ser outra coisa daqui parafrente”, disse o petista, diante de uma plateia de cerca de 1.500 pessoas, metade do esperado pela organização da festa. “Eu queria dizer para eles: vocês não vão me destruir, vamos sair mais fortes dessa luta", avisou aos adversários. O ex-presidente afirmou ainda estar “acabrunhado” e “de saco cheio” com as investigações que sofre do Ministério Público de São Paulo e na Operação Lava Jato. Neste domingo, ao sair de uma escola no Morumbi onde votou nas prévias do PSDB que definirão o candidato tucano na capital, Alckmin fez um trocadilho com a polêmica envolvendo o sítio frequentado por Lula e sua família. “Lula está sitiado”.  O Ministério Público investiga se Lula foi beneficiado por construtoras na reforma de um sítio em Atibaia, utilizado por ele e por familiares.  Mais cedo, o tucano declarou publicamente pela primeira vez que apoia o empresário João Doria nas prévias do PSDB que definirão o candidato do partido na cidade.

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Acompanhados por um séquito de assessores e aliados, Alckmin e Doria foram juntos a um colégio no Morumbi onde o governador votou. Em seguida foram ao Butantã, onde vota o empresário. "Sem demérito para os demais candidatos, o meu voto vai para o João Doria. Ele traz uma experiência do setor privado. São Paulo está precisando dar uma acelerada".

Pré-candidato à Presidência em 2018, Alckmin aproveitou a ocasião para defender que o PSDB também realize prévias para definir o tucano que disputará o Palácio do Planalto". "É possível, é necessário e importante (que o PSDB faça prévias nacionais). Veja no modelo americano a importância das primárias".

O tucano minimizou a disputa fratricida que marcou as prévias. "Torcida e disputa fazem parte do processo. Apoiarei com entusiasmo o vencedor".