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Alckmin inaugura novo trecho do Rodoanel em 30 dias

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin sobrevoou hoje a cidade de São Paulo a bordo do helicóptero da Rádio Eldorado AM/SP. Durante o vôo, ele concedeu à emissora entrevista ao vivo e observou as obras do Rodoanel - anel viário que interliga várias rodovias na Grande São Paulo. Segundo Alckmin, os sete quilômetros que já foram entregues à população são utilizados diariamente por 18 mil veículos. Segundo o governador, o próximo trecho a ser inaugurado ligará mais duas rodovias, mas a partir daí, as obras dependerão de verbas federais. "Em 30 dias, o trevo da Raposo Tavares e da Régis Bittencourt estará também aberto para os usuários. Depende ainda de recursos federais, que ainda não chegaram, a ligação da Raposo Tavares com a Castelo Branco e, finalmente, a Anhangüera", informou. Combate à dengue Alckmin garantiu que o governo do Estado tem dado todo o apoio logístico no combate à dengue, doença que se alastra pelos municípios paulistas. "Estamos convocando as nossas frentes de trabalho para que ajudar as prefeituras a combater o mosquito", disse o governador. Limpeza do rio Pinheiros O governador de São Paulo falou também sobre o sistema de flotação que está sendo adotado para despoluir os principais rios de São Paulo. Alckmin rebateu a opinião de alguns ambientalistas que estão criticando esse método. Eles entendem que a flotação não vai dar certo num rio das proporções como o Pinheiros e acham que a água da Represa Guarapiranga, que é servida à população, poderá ficar prejudicada. Para o governador, o método de flotação é extremamente bem avaliado. "O bombeamento será feito para a Represa Billings. Mas nós queremos melhorar a qualidade da água da Represa Billings. Aliás, a constituição paulista de 1989 proibiu o bombeamento de água do Pinheiros para a Billings e a Billings jogando água na Usina de Henry Board exatamente porque o Pinheiros está poluído. Primeiro será tratado o esgoto do Rio Pinheiros, atingindo a chamada classe 2, e aí sim será feito o bombeamento para a Represa Billings", afirmou. Duplicação da Fernão Dias Alckmin também foi questionado sobre o término das obras de duplicação do trecho paulista da Rodovia Fernão Dias, que vêm se arrastando há meses. Ele lembrou que a estrada é federal e que o governo de São Paulo está participando com 25% dos custos dos trabalhos. "A duplicação está praticamente pronta. Agora, só falta o trevo em Mairiporã e principalmente o trevo em Bragança Paulista. Eu acho que é questão de mais dois ou três meses para a obra estar concluída. E o recapeamento de uma parte da pista velha. Vindo os recursos federais, o governo de São Paulo coloca os seus 25%". O governador falou também que se a Rodovia Fernão Dias fosse estadual ele não a privatizaria, depois de todo o dinheiro público gasto na modernização da estrada. Porém, como a rodovia é federal, caberá ao administração federal, em Brasília, decidir futuramente sobre o assunto. Desativação do Carandiru O governador assegurou que o cronograma de desativação do Complexo do Carandiru, na zona norte da capital paulista, será mantido. Alckmin disse que para resolver o problema da superlotação dos distritos policiais da capital e Grande São Paulo o governo está construindo os CDPs - Centro de Detenção Provisória. "Dois CDPs estarão prontos, em Guarulhos. Estamos construindo também em São Bernardo do Campo, em Suzano, em Mogi das Cruzes, e já temos dois em Osasco. Cada CDP abre 768 vagas e possibilita desativar as carceragens de seis ou sete distritos. Das 93 delegacias da capital, 22 delas já não têm presos, nem carceragem". Sobre a Casa de Detenção, o governador falou que o principal motivo de sua desativação é a segurança. "Aquilo é um queijo suíço, com riscos gravíssimos de fugas, rebeliões, um prédio caindo aos pedaços. A Vigilância Sanitária até já interditou a cozinha e o governo gasta uma fábula com a tal da ?quentinha?. São Paulo vai ganhar um grande parque, uma imensa área verde e de lazer naquele lugar". Alckmin disse ainda que, nas novas penitenciárias que estão sendo construídas, os detentos vão trabalhar nas oficinas. Policial corrupto Alckmin abordou também a questão da corrupção na Polícia de São Paulo. "Nós já prendemos mais de 500 policiais. No ano passado, demitimos 493. Uma verdadeira limpeza está sendo feita. Todos vão na Justiça e dizem que são santos, que não cometeram nenhuma crime e que estão sendo injustiçados. Ninguém volta, porque o governo tem feito sindicâncias corretas, processo administrativo, provas corretas. Estamos limpando, tirando os maus policiais, tanto da PM como da Polícia Civil. Todos estão sendo demitidos por justa causa, a bem do serviço público, sem direito a nenhuma indenização". Regras sobre coligações Geraldo Alckmin defendeu hoje as alianças partidárias para o pleito que ocorrerá no segundo semestre, mas avaliou que só poderá analisar melhor a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - sobre a verticalização das coligações - quando as eleições estiverem próximas. Durante o vôo, Alckmin se declarou favorável às alianças entre legendas. "Aliança é importante para governar, é bom que se faça, se possível, já direto no processo eleitoral", disse. Ele destacou, porém, que as alianças deveriam ser decididas perto do período de convenções partidárias. "O mês das convenções é o mês de junho e, então, nenhuma decisão vai ser tomada antes disso, pelo menos elas ocorrem muito perto das convenções. E nós vamos continuar defendendo as alianças, agora é claro, defendendo que ocorra em nível federal", afirmou. Para o governador, o problema da decisão tomada pelo TSE foi alterar as regras pouco antes da eleição. "Fazer uma mudança na regra do jogo a 8 meses da eleição, isso não me parece recomendável. Aliás, esta lei é de 1997 e já norteou a eleição de 1998, e, na época, não foi contestada". O governador afirmou que estas questões deveriam ser decididas pelos próprios partidos políticos. "Os partidos é que devem estabelecer os limites ideológicos e programáticos para as suas coligações", defendeu.

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