12 de dezembro de 2014 | 02h00
Formado pela PUC-Rio, o economista foi diretor adjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), secretário adjunto do Tesouro Nacional e subsecretário de Fazenda da prefeitura do Rio na gestão de Cesar Maia (DEM). A avaliação interna é que Calabi, que já havia anunciado que deixaria o cargo, tinha perfil "muito teórico", apresentava "poucos resultados" e não tinha boa relação com a Secretaria de Planejamento.
Villela assumirá o comando da Fazenda em um ano cujo orçamento será "apertado", segundo as próprias previsões do governo estadual. Em setembro, ao encaminhar a peça orçamentária de 2015 para a Assembleia Legislativa de São Paulo, Calabi avaliou que o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) refletiria nas contas do governo. "Se você pensar com relação ao orçamento, isso é um aperto. Porque o orçamento foi elaborado com previsão de 2,5% de crescimento real do PIB e 5,5% de inflação. Nós vamos acabar com 5,5% de crescimento nominal, portanto 2,5% abaixo da projeção que tínhamos nessa época no ano passado", disse Calabi na época.
Além de Villela, Alckmin definiu e já anunciou ontem que o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, substituirá Mauro Arce na Secretaria de Recursos Hídricos. O governador pretende trazer nomes de prestígio ao novo mandato para cacifar uma eventual candidatura à Presidência em 2018. A ideia, segundo integrantes do Palácio dos Bandeirantes, é dar à nova equipe "status de ministério".
CPTM. As mudanças não vão se restringir às secretarias. O governador disse nesta semana que pretende realizar alterações nos comandos das estatais. O tucano já sinalizou que vai trocar o atual presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira. Na semana passada, Bandeira foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga o cartel no setor metroferroviário que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008, nas gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Alckmin.
Aliados do governador informaram que ele pretende fazer as todas as alterações até o final do mês. Segundo eles, Alckmin também estuda fundir algumas secretarias para agilizar a gestão e também conter gastos.
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