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Alckmin diz que não trabalhará pelo fim da reeleição

Tucano deixou claro em entrevista à TV que é favorável à reeleição; mas defendeu a imposição de regras

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Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse no fim da noite de segunda-feira no programa Roda Viva, da TV Cultura, que caso seja eleito não vai mobilizar sua base no Congresso para aprovar o projeto do deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA) que prevê o fim da reeleição. ?Os congressistas sabem o que é de interesse do País e vão agir de acordo com suas consciências?, disse, adiantando ser contrário a um mandato de 5 anos. Alckmin, que vinha evitando afirmar categoricamente se iria trabalhar pelo fim da reeleição, deixou claro no programa da Cultura que é favorável ao dispositivo. Ele defendeu, no entanto, a imposição de regras. ?Ou estabelecemos regras para evitar a utilização da máquina pública e abusos, ou é melhor acabar com a reeleição.? A afirmação do tucano tem como alvo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela, no entanto, contraria as aspirações do ex-prefeito José Serra e do governador Aécio Neves, que pensam em eventual candidatura ao Planalto em 2010. Na parte da tarde, Alckmin acusou o governo Lula de promover uma ?farra fiscal? e medidas eleitoreiras tendo como objetivo exclusivo sua manutenção no poder. Ao comentar a posição do adversário sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal - Lula criticara as limitações criadas pelo dispositivo -, afirmou: ?Não tem farra nas prefeituras. Tem farra no governo federal.? Em seguida, completou: ?A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu critérios para os municípios e Estados. E qual é o critério para a União? Não existe. Até hoje não foi regulamentada para a área federal.? Megarreunião Ao participar, na capital paulista, da abertura da primeira megarreunião da equipe que vai elaborar seu programa de governo - que juntou em uma sala da Associação Comercial de São Paulo 49 pessoas, além do candidato -, Alckmin insistiu em que o governo Lula faz farra e ela é comprovada quando se observam medidas como a do aumento para funcionários públicos em ano eleitoral. ?O aumento devia ter sido dado no ano passado. Mas não, fazem agora. Fazem política atrasada. Agem em torno do poder, da questão eleitoral.? Apesar de não ter centrado foco na área social, como tem feito Lula, Alckmin voltou a afirmar que manterá os programas de complementação de renda em curso, como o Bolsa-Família. ?Vamos manter, até porque começaram conosco?, disse. ?Agora, não é possível você achar que bolsa vai resolver o problema do País. Os problemas vão ser resolvidos com emprego e renda. Esse é o desafio.? O ex-governador também fez críticas à política econômica do PT. ?O cavalo passou arreado e não se montou?, disse, referindo-se ao cenário internacional favorável que não teria sido aproveitado por Lula.

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