Alckmin diz que economia paulista não está paralisada

Por Agencia Estado
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse hoje que, apesar dos dados ruins em relação ao crescimento e a atividade industrial, a economia paulista não está paralisada. "Pelo contrário, na região metropolitana nós estamos, pelo segundo mês consecutivo, tendo um aumento do emprego. Mas é evidente que com a economia mais aquecida, a indústria iria produzir muito mais. São Paulo não parou", afirmou. De acordo com dados do IBGE divulgados nesta manhã, o crescimento do PIB no primeiro semestre foi de 0,14%. No segundo trimestre de 2002, em relação ao primeiro trimestre, houve um aumento de 0,1%; e, em comparação com o mesmo período de 2001, o PIB cresceu 0,99%, ainda segundo o IBGE. Ontem, o Indicador do Nível de Atividade (INA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indicou queda de 3% na produção da indústria paulista em relação ao mesmo período de 2001. A Fiesp não descarta, inclusive, que a produção industrial em São Paulo "encolha" em comparação com o ano passado. Para a retomada do crescimento econômico, na avaliação de Alckmin, a saída é aumentar a exportação. "Por isso é que a gente tem insistido na exportação, que vai gerar mais emprego aqui dentro, trazer mais divisas e diminuir a nossa dependência externa." Ele avalia que é possível haver um crescimento anual do PIB entre 4% e 5%. O governador elogiou a decisão do presidente Fernando Henrique Cardoso de baixar uma medida provisória para dar início à minirreforma tributária. "Foi uma medida correta do presidente e é o que era possível ser feito neste final de mandato. Mas a grande reforma tem que vir no começo do ano que vem", disse Alckmin. Ele lembrou que o governo já deu um passo no sentido de ajudar o setor exportador com a criação da Lei Kandir, que tirou o ICMS das exportações. "E agora, está melhorando com o fim da cobrança dos impostos em cascata", comentou o governador, referindo-se à medida provisória. O governador acredita que logo no primeiro ano de mandato do novo presidente, seja ele qual for, será possível realizar, além da reforma tributária, a fiscal, a previdenciária e a política. "O primeiro ano equivale a mais da metade do mandato. O novo presidente não pode perder o começo do ano. Quem for eleito, e o nosso candidato é o senador José Serra, terá uma tal legitimidade popular que deve ser aproveitada para fazer as reformas logo no começo do seu governo", afirmou Alckmin.

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