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Alckmin diz que corte de R$ 2 bi no orçamento foi decidido por 'cautela'

Governador determinou ainda redução de 15% nos gastos com os 8 mil cargos comissionais e 30% nas despesas com horas extras

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Por Edgar Maciel e José Roberto Castro
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o corte de gastos de R$ 2 bilhões anunciado em decreto nesta quinta-feira foi decidido por "cautela" e evitou falar sobre a necessidade de novos ajustes. Alckmin explicou que a decisão foi tomada pela previsão pessimista de uma deterioração da economia nacional em 2015.

 

"Já fizemos contingenciamento, vamos liberando à medida que a arrecadação ocorra ao longo do ano. O que não pode é gastar mais do que arrecada", disse o governador, que fez questão de ressaltar que São Paulo foi um dos poucos Estados brasileiros que teve superávit em 2014.

O governador Geraldo Alckmin determinou ainda, em outro decreto publicado nesta quinta, a redução de 15% nos gastos com os 8 mil cargos comissionais e 30% nas despesas com horas extras. Foto: Clayton de Souza/Estadão

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No texto publicado no Diário Oficial, o governador afirma que os cortes são feitos considerando a Lei de Responsabilidade Fiscal, a necessidade de conter despesas e otimizar gastos públicos e a deterioração do cenário econômico nacional.

Segundo Alckmin, haverá corte de 15% dos oito mil funcionários comissionados. Também será reduzido 30% das horas extras e 10% dos custeio das secretarias de governo - exceto as pastas de saúde, educação e segurança pública, que terão corte de 5%. 

O governador também disse ter proposto à Assembleia Legislativa do Estado o fechamento de duas fundações: o Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) e a Fundação do Desenvolvimento Administrativo. "Tudo isso é para manter os investimentos em um ano difícil que teremos ",explicou.

Segundo o decreto, no caso das Secretarias da Educação, da Saúde, da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, o porcentual de corte é de 5%. Ficaram de fora do ajuste as universidades públicas estaduais, as agências reguladoras e as empresas não-dependentes. Todos os órgãos devem entregar seus planos de redução até 16 de março a um comitê gestor.

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