Alckmin diz que campanha não muda e critica imprensa

"Não tem nenhuma alteração, eu estive com o Aécio e vocês mudam as palavras das pessoas"

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Por Agencia Estado
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O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, descartou, em Ribeirão Preto (SP), mudanças em sua campanha e ainda criticou a imprensa pela cobertura eleitoral. Ontem, nos Estados Unidos, onde a cúpula tucana está reunida, o governador Aécio Neves voltou a cobrar uma correção de rumo no projeto do PSDB de retornar ao poder. "Não tem nenhuma alteração, eu estive com o Aécio e vocês mudam as palavras das pessoas", disse o ex-governador, para em seguida ampliar as críticas à imprensa. "É impressionante: a cobertura da eleição presidencial no Brasil é fofoca, é intriga, não tem substância e conteúdo", completou Alckmin. Ele reafirmou que está "absolutamente zen" e disse não ter dúvidas de que "o Brasil vai mudar" caso seja eleito. Alckmin visitou a Agrishow Ribeirão Preto, onde propôs medidas genéricas para resolver a crise no setor agrícola, como redução nas taxas de juros o que poderia valorizar o dólar. Ele andou pela feira, foi tratado como "presidente" em alguns estandes, como, por exemplo, no da empresa Jumil, cujo proprietário, Rubens Dias de Moraes, é filiado do PSB, partido aliado ao PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula é band-aid em operação tapa-buracos Alckmin voltou a disparar contra o seu principal adversário, o presidente Lula, reafirmando ele é "omisso", não toma medidas estruturantes e empurra todas as decisões para o próximo governo. "É operação tapa-buraco em todas as áreas, é ´band-aid´ na política agrícola, na infra-estrutura", disse o Alckmin. O ex-governador voltou a falar que "não há mais espaço para tanta corrupção no Brasil", e indagou se Lula "não consegue terminar o primeiro mandato, como vai ter o segundo?". Alckmin procurou envolver o governo federal até mesmo na recente crise da segurança pública no Estado São Paulo. Disse que após o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) os repasses aos Estados no setor de segurança pública só caíram, propôs um plano nacional para o setor caso venha ser presidente e concluiu: "segurança é uma questão nacional porque extrapola as fronteiras", disse. Alckmin considerou como uma "vitória da polícia com ações firmes" o controle da crise na segurança em São Paulo.

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