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Alckmin disse ser contra afastamento de José Dirceu

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje não acreditar que o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, seja a melhor solução para a atual crise política que resultou do envolvimento de Waldimiro Diniz, ex-assessor de Dirceu, em escândalo de propina. "Não vejo por que afastar o ministro", afirmou o governador, após uma visita de 40 minutos ao vice-presidente José Alencar, internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Alencar foi submetido a uma cirurgia de vesícula no último sábado e deve deixar o hospital amanhã ou na quinta-feira. Questionado sobre a eventual perda de força política de Dirceu, um dos principais articuladores políticos do governo, Alckmin mudou de tom. "Já isso é outra coisa. Cabe ao presidente da República avaliar o que deve ser feito no governo." Ele reiterou que o PT e o governo federal devem esclarecer o caso Diniz para que não paire uma sensação de impunidade no País. O governador de São Paulo rebateu as críticas feitas ao PSDB no mesmo local, horas antes, pelo presidente do PT, José Genoino. Genoino afirmou que o partido, ao qual pertence o governador de São Paulo, não sabe fazer oposição. Posição do partido Alckmin disse que o PSDB tem agido com coerência e não tem defendido a instalação de uma CPI imediatamente para apurar o escândalo. "Não vamos colocar gasolina no fogo. Mas quem tem de dar satisfação sobre corrupção é o PT", retrucou o governador. E acrescentou que a necessidade de uma CPI dependerá do desenrolar dos acontecimentos. O governador também comentou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de editar uma MP contra os bingos e os caça-níqueis. "Nunca fui favorável à jogatina, mas o problema não é esse; o importante é investigar a corrupção", ressaltou.

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