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Alckmin critica Fiesp por relacionar reforma com a sucessão

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse hoje, em São Carlos, no interior paulista, que a posição da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de relacionar o atraso da reforma tributária à sucessão de 2002 "não tem razão de ser". "A reforma é importante para o País e independe de sucessão", afirmou. Na quinta-feira, o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, disse que "a reforma tributária é fundamental para o processo de sucessão e que o momento é muito oportuno para que o próprio governo abrace essa questão". Segundo o governador, "a reforma é importante para promover o crescimento econômico sustentado, com substituição dos impostos em cascata, simplificação do sistema tributário e como forma de evitar a guerra fiscal predatória". Alckmin, que esteve na cidade para entregar obras de ampliação da Maternidade da Santa Casa, defendeu as medidas tributárias do governo federal, dizendo que este é o "primeiro grande passo" a ser dado com o objetivo de pôr as medidas em prática. "É melhor do que não fazer nada", disse. O governo, que ainda visitou as cidades de Ibitinga e Araraquara, negou que as visitas estejam ligada à campanha para as eleições de 2002. "Essa não é hora de falar em eleição. Há muito que ser feito até lá e não vou deixar de ir aos 645 municípios para levar benefícios a comunidades durante esse período para que não atrelem esses atos a pretensões eleitoreira", afirmou. Em São Carlos, o governador foi recebido com protesto por um grupo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e funcionários da universidade federal do município (Ufscar), reivindicando melhores salários. Com faixas e cartazes e gritos de "Fora FHC, fora FMI", os manifestantes disseram que "não querem abono salarial e sim reajustes efetivos". "No próximo ano, estaremos beneficiando o funcionalismo com reajustes que variam de 14% a 41%", garantiu o governador. Sobre os protestos, Alckmin disse apenas que "a democracia é agitada".

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