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Alckmin contesta clima de já ganhou

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), procurou diminuir hoje o otimismo manifestado por alguns líderes do partido de que a vitória dele estaria assegurada na sucessão paulista. "Não existe eleição ganha em política, o PSDB tem de trabalhar muito. Ninguém é imbatível", disse Alckmin. O governador reafirmou hoje que não pretende antecipar o debate sucessório, seja na esfera federal ou estadual. Alckmin, que participou da estréia do Bandnews, canal a cabo de jornalismo 24 horas do Grupo Bandeirantes, afirmou que "discutir a sucessão é uma coisa extemporânea". "Há muitos desafios pela frente; o grande desafio que eu tenho é completar o mandato do governador Mário Covas. Antecipar o debate sucessório não contribui, só dificulta e não é bom para a população. Não interessa a ninguém", afirmou Alckmin. Na avaliação de Alckmin, é difícil definir hoje quais seriam os partidos de uma futura aliança do PSDB para disputar a Presidência da República em 2002. Ele concorda com Covas de que seria difícil manter na aliança o PFL. "Covas falou uma coisa correta, a aliança foi mais em torno do nome de Fernando Henrique do que do PSDB. Como Fernando Henrique não será candidato, os pressupostos dessa aliança não existem. Ela pode acontecer ou não, eu compartilho dessa opinião de Covas", disse Alckmin. O governador paulista, no entanto, destacou que o processo político é muito dinâmico e não dá para ter uma avaliação definitiva do que ocorrerá dentro de um ano e meio. "A aliança é necessária, pode ser maior ou menor, se deve sempre buscá-la, não só para ganhar a eleição mas para governar", afirmou Alckmin. Ele citou a importância das coalizões para governar e lembrou o caso de Fernando Henrique, que ganhou a reeleição no primeiro turno, com o PFL e o PMDB, mas, hoje, tem 20% de deputados na Câmara Federal. "Infelizmente, sem reforma política e com um quadro pluripartidário muito grande, a governabilidade é colocada em xeque", avaliou. Alckmin ressaltou que uma aliança, no entanto, não depende só do PSDB, mas das legendas que estão na base aliada. Em relação à indicação do governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), nome apontado por Covas como melhor da sigla para suceder Fernando Henrique, Alckmin reiterou elogios mas não se definiu. "Acho um grande nome. Não é por acaso que ele governa o Ceará pela terceira vez. É um nome que honra o PSDB, mas é precipitado antecipar o debate sucessório", disse Alckmin.

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