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Alckmin considera recuo do governo na reforma temerário

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está preocupado com o futuro da reforma da Previdência. Ele considera temerário e um retrocesso o recuo do governo - que estuda a manutenção das aposentadorias integrais para os servidores públicos. "Sob o ponto de vista político é temerário. No primeiro embate (o governo) já recua? Como é que vai terminar essa reforma?", questionou. "Agora estabelecer a integralidade para todos, inclusive para os novos, é um retrocesso à emenda 20", afirmou. Alckmin disse que a emenda 20 trata dos fundos de pensão complementar e que ela seria validada pelo Projeto de Lei n.º 9 (PLC9) que não foi aprovado no governo passado. Alckmin revelou que o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, e o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, telefonaram para ele ontem à noite para falar sobre a reforma da Previdência. Foi o primeiro contato oficial com o governador desde que a possibilidade de mudança na reforma. O governador soube das negociações pela imprensa. Impacto nos Estados Ele recomendou que todos tenham calma e responsabilidade para analisar eventuais mudanças. Alckmin acredita que é fundamental que se evite quebrar o pacto formado entre os 27 governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Devemos evitar isso (quebrar o pacto com o governo). Porque nunca tivemos tão perto de conseguir essa maioria (no Congresso) para aprovar a reforma que será benéfica ao País", afirmou. Preocupado com o impacto da manutenção das aposentadorias integrais dosservidores nos Estados, Alckmin conversou com outros governadores por telefone ontem. "Sugeri que cada um avalie em seus Estados o impacto da mudança. E vamos continuar conversando", disse. Alckmin determinou ao vice-governador Cláudio Lembo, e aos secretários da Casa Civil, Arnaldo Madeira, e da Fazenda, Eduardo Guardia, que "avaliem com profundidade" como as mudanças afetariam o Estado. Hoje, no Palácio dos Bandeirantes, o governador liberou R$ 33,1 milhões para convênios de atendimento social no Estado.

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