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Alckmin considera prematura versão da Polícia sobre Toninho

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, considerou nesta quarta-feira prematuro afirmar que haja uma ligação entre Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, e a morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos (PT), assassinado em setembro. "As investigações estão indo bem, mas em relação ao Toninho do PT, mas devemos aguardar a conclusão das investigações e os laudos periciais", disse Alckmin contrariando as afirmações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso. Alckmin considerou também importante a prisão de parte do grupo de Andinho mas negou que a atuação das polícias tenha como objetivo a recuperação da imagem do governo, abalada pela crise na segurança pública, de acordo com recente pesquisa, em ano de eleição. "As ações do governo não são norteadas por pesquisas e sim pelo interesse público. Nossa preocupação é melhorar a segurança da população, esse é o esforço dia e noite. A polícia está motivada, tendo vitórias importantes e significativas", disse Alckmin. Para ilustrar as afirmações sobre o desempenho policial, na resolução de casos graves durante os últimos dias, Alckmin citou dados sobre a prisão de criminosos, ocorridas antes da pesquisa. "Em nove dias foram presas 800 pessoas no Estado de São Paulo. Presos e mantidos presos. É como ter que fazer uma penitenciária por semana porque não é que prendeu e soltou, prendeu e ficou. Estamos com 101 mil e 800 presos. Um aumento de 800 pessoas em nove dias", ressaltou Alckmin. banda podre O governador rejeitou novamente a expressão "banda podre" em relação a polícia paulista. "A expressão ´banda podre´ se originou lá no Rio de Janeiro. Aqui, policial corrupto - que infelizmente tem e nós estamos pegando -, é demissão e cadeia", disse Alckmin. Até o momento, três policiais civis e militares foram presos sob acusação de serem do bando de Andinho. Um dos homens que fazia a segurança pessoal de Andinho, na chácara, é o PM Ronaldo de Goés Pires, lotado em Campos do Jordão. "O importante é lembrar que as polícias civil e militar tem 125 mil policiais e a maioria esmagadora está trabalhando, cumprindo seu dever", disse Alckmin. O governador afirmou que está sendo feito um trabalho rigoroso de admissão de policiais, tanto na PM quanto na Polícia Civil e disse que espera a aprovação, na Assembléia Legislativa do projeto do Executivo que agiliza a demissão de policiais corruptos, diminuindo a possibilidade de recursos. Alckmin admitiu, no entanto, que faltou fiscalização em relação ao PM de Campos de Jordão, que acabou sendo detido em Itu. "Eu também acho estranho, já determinei que se apurasse isso. Precisamos saber em que condições esse policial estava trabalhando, como era o regime do horário dele, o que ele fazia, onde é que ele estava prestando serviço, vamos checar tudo", disse Alckmin.

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