Alckmin cobra explicação de Lula sobre novas denúncias

Para o ex-governador, a entrevista de Silvio Pereira "mostrou o forte vínculo de Lula com escândalos"

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Por Agencia Estado
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O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, cobrou nesta segunda-feira explicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito dos novos fatos relatados pelo ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira. Alckmin destacou que a entrevista de Pereira deixou evidente "a relação promíscua entre partido (PT) e governo e mostrou o forte vínculo de Lula com escândalos". E por essa razão acredita que o presidente Lula deveria se antecipar e esclarecer os fatos à nação. Ainda nas críticas a Lula, o tucano disse que ele tem adotado "uma visão anti-republicana" por se negar a prestar os esclarecimentos necessários. E reiterou: "O presidente Lula deve se manifestar, porque é inaceitável ele dizer que não viu nada, que não leu nada, e que não sabe de nada. É um mundo de faz-de-conta." Na avaliação do pré-candidato tucano, a entrevista de Silvio Pereira mostrou que o presidente Lula sempre "mandou no PT". Apesar da cobrança para que Lula explique sua versão dos fatos, Alckmin se esquivou ao responder se a oposição deveria agir de maneira mais dura, para forçar o presidente a prestar tais esclarecimentos. "Lula deveria se antecipar espontaneamente e convocar uma coletiva", sugeriu. Alckmin comentou também a não-aprovação do pedido de impeachment de Lula pela Ordem dos Advogados do Brasil. Ele destacou que desde o início desta discussão, já havia deixado claro que o caminho não é este. Para Alckmin, o ideal é derrotar o presidente Lula nas urnas. No final da entrevista, Alckmin disse que a ética continuará sendo um dos temas desta campanha. "A ética nunca saiu de pauta, porém não se elege (um candidato) só com este discurso", reconheceu. O tucano disse que o foco central de sua campanha será baseado no desenvolvimento do País, e os temas principais serão emprego, renda e qualidade de vida. "É preciso deixar claro que ética não significa apenas não roubar, mas também significa eficiência no gasto público", concluiu.

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