Alckmin busca alianças com PFL e PMDB

Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, afirmou neste domingo que está empenhado em formar alianças dentro do PSDB para promover sua pré-candidatura e também com outros partidos. Ele considera que um acordo com o PFL seria a "aliança natural", mas busca também o apoio do PMDB, mesmo que apenas no segundo turno. "Nós somos primos", afirmou, ao lembrar que o PSDB surgiu de um desmembramento do PMDB. "Quase todos nós, tucanos, somos oriundos do velho e bom ´Manda Brasa´, o MDB. Fui a oitava assinatura na ata de fundação do PSDB", disse ele ao inaugurar projeto de ampliação do Parque Villa Lobos, em São Paulo, na manhã deste domingo. No PMDB, Alckmin tem procurado estabelecer contatos com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, com o deputado federal Michel Temer, e com a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho e seu marido, Anthony Garotinho. "Mesmo que o PMDB tenha um candidato a presidente no primeiro turno, não há razão para não se manter um bom canal de diálogo, de negociação." Sobre o PFL, Alckmin avalia como sendo a aliança mais "natural" caso o partido não tenha candidato, visto as duas legendas já se uniram em eleições anteriores, inclusive na última campanha para governador de São Paulo, com a escolha do pefelista Cláudio Lembo para vice de Alckmin. "Sempre defendi aliança. O Brasil não vive mais o bipartidarismo, vive pluripartidarismo. É preciso alianças para governar e alianças para ganhar eleição." Alckmin afirmou ainda que procurará o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, para alinhavar sua candidatura pelo partido. "Primeiro você precisa saber quem são os candidatos, depois você discute as alianças." Ele afirmou que o PSDB está trabalhando neste momento em um projeto para a campanha eleitoral. "Você faz aliança baseada em um projeto para o País", declarou. O governador aproveitou para alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar as informações de que Lula considera uma eventual disputa eleitoral contra Alckmin "mais imprevisível e arriscada" do que contra o também tucano José Serra, prefeito de São Paulo. "Eu espero que ele acerte mais como analista político do que como governante", afirmou Alckmin.

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