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Alckmin avalia que atos pró-impeachment foram 'fortes', apesar de perto do Natal

Para governador de São Paulo, manifestação foi 'espontânea, pacífica e fortalece a democracia'; tucano também defendeu suspensão do recesso para análise de processo de afastamento de Dilma

Por Ricardo Chapola
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta segunda-feira, 14, que os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff foram "fortes", apesar de terem sido marcados para perto do Natal. 

"A manifestação foi forte, espontânea, pacífica. Só fortalece a democracia. Agora, fazer manifestação a uma semana do Natal é querer demais", afirmou Alckmin depois de ter sido entrevistado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, em um programa de TV da Casa.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o Secretário de Segurança Pùblica de São Paulo,Alexandre de Moraes Foto: Daniela Ramiro|ESTADÃO

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"Não dá para comparar alhos com bugalhos. Comparar (os protestos de) agosto com os de agora, a uma semana do Natal".

Os atos desse domingo pelo impeachment de Dilma foram marcados por uma adesão menor do que os realizados nos meses anteriores. Em São Paulo, o protesto que ocorreu na Avenida Paulista reuniu 30 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. No ato de março, a polícia contabilizou 1 milhão de manifestantes.

Recesso. Alckmin também defendeu que o Congresso não entre em recesso parlamentar para agilizar a análise do processo de impeachment de Dilma. A posição do governador contraria a do PSDB, que apoia o recesso para ter mais tempo para conseguir dar mais corpo à ala pró-impeachment no Congresso.

"O ideal era não ter recesso. Se há uma situação dessa gravidade é bom resolver logo, seja de um lado, seja de outro", afirmou. "Isso paralisa a economia, porque gera dificuldade".

Questionado sobre sua posição ser diferente da do PSDB, o tucano respondeu: "O que tem que fazer é fazer o correto. É decidir rapidamente. A pior coisa é arrastar esse processo com suas consequências políticas e econômicas".

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