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Alckmin acredita que não há fatos para CPI

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a criticar hoje a tentativa de instalação de uma CPI para apurar os casos de corrupção no governo federal. Na avaliação de Alckmin, não há fatos que justifiquem a investigação, e o bom momento da economia deveria ser aproveitado pelo Congresso para a votação das reformas, entre elas, a tributária, a política e a da previdência. Alckmin reconhece, no entanto, que é tarefa do governo federal apresentar uma agenda positiva ao Congresso para se sobrepor à crise política. "A instalação ou não de uma CPI depende do Congresso, mas acho que o governo pode fazer a sua parte. Aí, o Congresso vai participar, eu tenho certeza", afirmou. O governador admite que há dificuldades para se chegar a um texto final de uma agenda de votações que concilie os interesses dos municípios, Estados, União e contribuintes. Alckmin sugere o debate como forma de aprimorar a agenda. Especificamente em relação à reforma tributária, essas discussões estão em andamento. Hoje, o secretário da Fazenda do Estado, Fernando Dall´Acqua, está em Brasília para uma reunião com outros secretários da Fazenda e técnicos do Ministério da Fazenda. O objetivo dos encontros, segundo Alckmin, é chegar a um projeto de reforma tributária baseado em três pontos: com a simplificação do modelo tributário, redução do custo Brasil (diminuição dos imposto em cascata) e fim da guerra fiscal. "Você precisa aprimorar o texto antes de levar para votação no Congresso. "Hoje, qual é o texto da reforma tributária?" questionou Alckmin, justificando a necessidade da discussão sobre o tema. Para ele, uma agenda de votações com textos bem elaborados é uma alternativa à crise política detonada pela briga entre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). "O que nós tivemos foi uma disputa muito forte, longa e cheia de seqüelas. Temos agora de discutir pontos que, se não forem discutidos e aprovados este ano, não serão nos próximos dois anos", disse Alckmin.

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