Agricultores libertam reféns no PA

Por Agencia Estado
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Os sete reféns que estavam em poder de 50 agricultores armados, dentro do Assentamento Sudoeste, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, foram libertados no início da madrugada e manhã de hoje. Para que isso ocorresse, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Orlando Muniz, prometeu que o órgão vai recuperar a estrada que liga o assentamento à sede do município. Os agricultores alegam que perderam a produção agrícola do ano passado e sequer podem transportar seus doentes até a cidade devido à situação da estrada, intransitável em seus 230 km. O deputado estadual Zequinha Marinho (PDT), um dos reféns, disse que a negociação para a libertação do grupo foi feita por telefone, entre os líderes do movimento e o superintendente do Incra em Marabá, José de Arimatéia Mendonça. Três dos sete reféns aguardavam até o final da manhã um avião para levá-los à cidade de São Félix. Muniz informou que o Incra fará uma auditoria técnica para saber se o dinheiro para a realização da obra na estrada, cerca de R$ 1,3 milhão, repassado há dois anos à prefeitura de São Félix, foi desviado pelo prefeito José Levindo (PDT), como denunciaram os assentados. O trabalho dos auditores não se limitará apenas a esse a caso, tratará da aplicação de recursos liberados pelo Incra para realização de obras de infra-estrutura em todos os assentamentos do município, como construção de escolas, estradas e postos de saúde. A equipe de auditores será comandada pelo agrônomo José Olinto Vasconcelos e dela fará parte o procurador do órgão em Marabá, Antonio Rizzo das Graças, além do agrônomo Raul Hugo Oliveira. Eles terão sete dias para realizar o trabalho e apresentar seu relatório à presidência do Incra. "Se houver irregularidades e algum funcionário do Incra estiver envolvido, seja por negligência, imprudência ou imperícia, ele responderá por isso", disse Muniz.

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