Agnelo Queiroz ataca corrupção no DF

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Por Agência Estado - BRASÍLIA
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Acompanhado de seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB), Agnelo Queiroz (PT) foi empossado, às 11h, na Câmara Legislativa, no cargo de governador do Distrito Federal. Agnelo fez juramento se comprometendo a trabalhar pela "justiça social, pelo progresso e pelo desenvolvimento integrado do Distrito Federal".Durante discurso carregado de emoção, o petista atacou firmemente a corrupção que dominou o cenário político da capital e garantiu que em 100 dias restabelecerá a ordem na assistência médica pública no DF.  Agnelo assume o governo com a tarefa de moralizar a política local, que foi alvo de escândalos que resultaram na prisão e afastamento do ex-governador José Roberto Arruda.Ele também tem pela frente o desafio de tentar melhorar os péssimos serviços prestados pelo governo, como os dos hospitais públicos, e até mesmo a conservação de Brasília, tomada pelo mato nas últimas semanas.  "Políticas públicas sem controle transformaram o Distrito Federal numa desordem, que agora foi derrotada nas urnas.Assumo aqui, agora, compromisso de usar ferramenta esquecida: o planejamento", prometeu. Referindo-se ao escândalo de distribuição de propinas revelado em vídeos no ano passado e que envolveu integrantes do governo Arruda e deputados distritais, Agnelo alertou em seu discurso de meia hora que "as nuvens tempestuosas de uma das piores crises do DF ainda não se dissiparam".Sem esconder a emoção, ele prometeu resgatar o orgulho dos brasilienses.  "A situação que nós encontramos, com o serviço público no caos, dívidas, obras paralisadas, é fruto de um jeito de governar que usa o dinheiro público para benefício pessoal. Não é aceitável que a capital federal seja percebida como sinônimo de corrupção, negociatas e práticas incompatíveis com o serviço público. Não é possível que seja motivo de achincalhe e piada nacional", afirmou.Outro tema abordado pelo segundo petista a governar o Distrito Federal - o primeiro foi o senador Cristovam Buarque, entre 1998 e 2002 -, foi o crescimento desordenado do DF, com o surgimento de cidades satélites no entorno de Brasília, onde as condições de vida contrastam com o alto nível de renda do Plano Piloto e outros bairros nobres.  "A capital do Brasil perdeu a chance de pegar carona nas mudanças do governo Lula. O fosso social ficou ainda maior e mais profundo. Hoje existem duas 'Brasílias', uma planejada e rica e outra maltratada. Queremos levar mais governo para quem precisa de governo. Estou certo que terei o apoio irrestrito de Dilma Rousseff para isso", completou.

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