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Aeroviários se queixam de condições de trabalho

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os sindicatos que reúnem os trabalhadores em aviação se queixam do estresse a que pilotos e operadores de vôo estão submetidos. Tripulações de pequenos aviões estariam trabalhando em excesso. Entre os operadores, a principal queixa são os baixos salários que os obrigariam a ter outro emprego. De acordo com o diretor do Sindicato dos Aeronautas, Orlando Rodrigues Rafael, o índice de acidentes no País é baixo, mas seria ainda menor se não fossem os pequenos aviões. "O que estraga nosso índice de segurança são aviões de táxi aéreo, particulares e agrícolas." Essas empresas seriam as que mais sobrecarregam as tripulações. Para ele, casos como o do Aeroporto de Congonhas - onde ocorrem 680 pousos e decolagens por dia, forçando os aviões a ficar muitas vezes sobrevoando a cidade à espera de autorização - não atrapalham ou criam estresse. Tampouco o fato de a pista estar no meio da cidade. "Tanto faz pousar em Congonhas ou no Galeão." Para o diretor-técnico do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Ernandes Pereira da Silva, quem trabalha como operador de tráfego aéreo em Congonhas é um "herói". "Imagine o que é você ser responsável por milhares de vidas." De acordo com ele, outro problema é a falta de investimentos em radares. Segundo o chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, tenente-coronel Hélio da Silva Filho, o Estado possui três radares em perfeito funcionamento. Segundo ele, o de Congonhas passou por manutenção há 15 dias. "Outros dois radares serão instalados em breve em Campinas e em São José dos Campos", disse.

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