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Aécio substitui funcionários da Câmara

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois de demitir Adelmar Sabino, o todo poderoso diretor-geral da Câmara durante 18 anos, o presidente Aécio Neves (PSDB-MG) determinou que todos os 19 servidores ocupantes de postos de comando da Casa pusessem nesta terça-feira seus cargos à disposição. E pelo menos quatro diretores, que teriam fortes vínculos com Sabino, deverão ser substituídos até a semana que vem. Afrísio Vieira Lima, irmão do deputado e líder do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), deverá ser mantido no cargo de diretor Legislativo da Câmara. Os quatro diretores candidatos à degola são: José Wilson Barbosa, diretor de Administração; José Botelho, de Pessoal; Mauro Diniz Brumana, de Finanças; e Osório Marques de Oliveira, de Material e Patrimônio. Estes diretores, segundo assessores do presidente Aécio Neves, são identificados com a estrutura centralizadora implementada ao longo de quase duas décadas por Sabino. Eles deverão ser substituídos por servidores da área de orçamento e gestão da Câmara. Funcionário de carreira, Afrísio Vieira Lima chegou a ser cogitado para substituir Sabino, como uma recompensa ao apoio decisivo do PMDB à eleição de Aécio Neves para a presidência da Câmara. Mas foram precisamente os laços familiares com Geddel que tiraram Afrísio do páreo. O escolhido para substituir Sabino foi Sérgio Sampaio, que toma posse nesta quarta-feira no cargo. É servidor há 12 anos da Câmara, sendo que durante oito anos exerceu o cargo de secretário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A principal missão de Sérgio Sampaio é desmontar a estrutura centralizada montada por Sabino e redirecionar os gastos de R$ 1,5 bilhão anuais do Orçamento da Câmara para a melhoria das condições de trabalho dos 513 deputados. A mão-de-ferro e a centralização excessiva de toda a burocracia da Câmara eram amplamente criticadas pelos parlamentares. ?Diretor-geral da Câmara é para obedecer aos deputados e não para mandar nos deputados?, resumiu o líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro (BA), ao referir-se ao ex-diretor-geral. Trabalhando há 40 anos na Câmara, Sabino irá agora se aposentar com vencimentos que beiram os R$ 18 mil mensais.

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