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Aécio é candidato 'natural' do PSDB em 2018, diz tucano

Para Arthur Virgílio, senador é 'Messi' do partido. 'Lula é mais um Michel Platini', ironiza o prefeito de Manaus

Por Ricardo Brito e Nivaldo Souza
Atualização:
O senador Aécio Neves (MG) Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Brasília - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), defendeu nesta quarta-feira, 5, o senador Aécio Neves (MG) como "candidato natural" do partido a presidente da República em 2018. Ex-líder do PSDB no Senado e um dos principais quadros partidários, Virgílio argumentou que Aécio teve uma expressiva votação para presidente na atual eleição e conseguiu angariar importantes forças políticas em torno do projeto dele.

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“Entendo que é a vez dele”, disse o prefeito de Manaus, em entrevista ao Broadcast Político antes do encontro do PSDB com parlamentares e governadores eleitos do partido e de aliados políticos.

Virgílio afirmou que, desde a última reeleição de Fernando Henrique Cardoso, no primeiro turno de 1998, um candidato do PSDB não teve melhor desempenho do que Aécio no segundo turno. O senador mineiro, que é presidente do PSDB, obteve 51 milhões de votos e ficou a apenas 3,4 milhões atrás da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). As derrotas anteriores do PSDB, do atual senador eleito José Serra e do governador reeleito Geraldo Alckmin (SP), foram por uma margem maior. Serra e Alckmin são potenciais candidatos a presidente.

O prefeito disse que Aécio é o “Messi”, em referência ao atacante do time espanhol Barcelona, e concorreria em 2018 até mesmo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado se Lula não seria o Messi do PT, ele ironizou: “O Lula é mais um Michel Platini (ex-jogador francês e presidente da Uefa), que está aposentado”. Para o tucano, o ex-presidente não tem a mesma força política que já teve.

Virgílio, contudo, disse que o partido não precisa antecipar a escolha do nome que vai disputar a corrida ao Palácio do Planalto daqui a quatro anos. E ressalvou que Aécio precisar manter a liderança dentro do partido para se consolidar como candidato para uma nova disputa presidencial.

O prefeito disse que o partido precisa, nos próximos quatro anos, fazer um trabalho para conquistar o eleitorado em Estados do Sudeste em que perdeu no segundo turno, como Minas Gerais, além de melhorar o desempenho no Norte e no Nordeste - nesta região o PT conquistou uma vantagem de 12 milhões de votos no segundo turno.

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