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Aécio diz que Delcídio 'agiu como o chefe de uma grande máfia'

Após ter adotado tom ameno em relação à prisão do ex-líder do governo, senador afirma que, após ver documento do STF, sentimento de perplexidade se transformou em indignação

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Por Anderson Bandeira
Atualização:

RIO - Um dia após adotar um tom mais ameno em relação à prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS), o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, foi mais contundente nesta quinta-feira, 26, ao avaliar o episódio. Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, onde participará nesta sexta-feira, 27, de um evento do Instituto Teotônio Vilela (ITV), Aécio considerou que o líder do governo no Senado, "agiu como o chefe de uma grande máfia".

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Nem nós da oposição poderíamos imaginar o tamanho dessa máfia, ninguém poderia pensar isso do Delcídio. O sentimento foi primeiro de perplexidade, quase que de descrença em relação ao acontecido. Depois, quando os documentos começaram a ser distribuídos, o sentimento passou a ser de indignação. A gente viu que ele agiu quase como o chefe de uma grande máfia", afirmou o senador, aproveitando o momento para reforçar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Impeachment. No entendimento do senador, a reivindicação do impedimento serve para obrigar os políticos a respeitarem a lei. "Se continuar assim, qualquer governante pode fazer o que quiser pra ganhar a eleição e não vai ser punido. O PT, que apoiou o impeachment de Collor lá atrás, agora acha que o pedido da oposição é golpe. Se o presidente comete um crime, e o TCU diz que Dilma cometeu, é situação de impeachment, sim", defendeu Aécio, reiterando que o partido terá candidato à Presidência em 2018, sem entrar em detalhes de qual seria o nome.

Questionado sobre rumores de que o senador José Serra (PSDB-SP) poderia deixar o ninho tucano para ingressar no PMDB com intuito de disputar a Presidência, Aécio alfinetou o correligionário avaliando que os interesses próprios não podem estar acima dos interesses do País.

"Por mais legítima que seja a intenção do político, não se deve colocar os interesses próprios acima do interesse do País. Esse é um problema que teremos que enfrentar mais para frente." Na avaliação do senador, diante do atual cenário de crise político-econômica, o PSDB é visto como uma alternativa para sair da situação. "A população brasileira nos vê como a opção mais preparada para livrar o Brasil dos males que o PT está fazendo, e não podemos perder essa condição", disse. Nesse contexto, o mineiro disse que sonha em construir um projeto político com o PSB.

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