
06 de novembro de 2007 | 20h24
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) disse nesta terça-feira, 6, em entrevista coletiva, que pretende conversar sobre a CPMF nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumprirá agenda a partir das 15 horas na capital mineira. Nesta terça, a bancada de senadores do PSDB fechou posição contra a emenda que prorroga até 2011 a vigência da CPMF. Dos 13 senadores do partido, nove votaram pelo encerramento já das negociações com o governo e decidiram que votarão contra a emenda no plenário do Senado. Veja também: Entenda como é a cobrança da CPMF Veja a proposta do governo sobre a CPMF apresentada ao PSDB PSDB recusa proposta do governo de isentar CPMF até R$4.340 PSDB só negocia se desoneração for de R$ 10 bilhões Para Mantega, posição do PSDB não é definitiva Apesar disso, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati(CE), admitiu voltar a conversar se o governo apresentar uma nova proposta que signifique, no mínimo, uma redução da carga tributária em R$ 10 bilhões ano.O governo propôs uma desoneração de R$ 2 bilhões que será compensada com o aumento da arrecadação da CPMF que passará dos R$ 40 bilhões em 2007 para R$ 41,5 bilhões em 2008. "Eu acho que em política nada é irreversível quando existe boa vontade de ambos os lados", afirmou o governador ao admitir a possibilidade de retomada dos entendimentos com o governo, apesar da posição firmada hoje pela bancada do partido do Senado, considerando as negociações encerradas." Caberá ao governo, se tiver ainda interesse em conversar com o PPSDB, que convença os senadores de que a proposta pode ser melhor", sinalizou. O governador mineiro ponderou que a proposta do governo foi "extremamente tímida e bastante distante das demandas apresentadas pelo PSDB". De acordo com ele, alguns pontos que estavam sendo discutidos retiram recursos dos Estados e municípios. "A proposta do governo não avançou no sentido de desonerar a carga tributária ou garantir mais investimentos para Estados e municípios, principalmente na saúde." Aécio negou um possível racha na legenda e assegurou que os governadores pretendem respeitar a posição final dos senadores, mas reiterou a expectativa de superação do impasse. "Não acredito que o assunto esteja encerrado e sepultado. Caberá ao governo demonstrar que tem interesse em retomar a negociação."
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