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Aécio diz estar com 'pouquinho de saudades do poder'

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Por ALINE RESKALLA
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Ao mesmo tempo em que condenou o que considera antecipação do debate eleitoral pelo governo federal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) intensificou nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, o discurso recheado de críticas que adotou contra a gestão petista. Aécio participou do lançamento de um programa de ajuda às cidades de Minas Gerais anunciado pelo governador Antônio Anastasia (PSDB), no valor de R$ 3 bilhões. Ele também admitiu que está com saudades do poder. "Estava com um pouquinho de saudades do governo, do poder, de ver as coisas acontecendo."Ao ser questionado sobre o impacto de uma eventual candidatura do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, teria na campanha dele, Aécio disse que o assunto que o governo federal. "Quem parece estar preocupado com essas e outras candidaturas é o governo do PT. Ontem (nesta quarta-feira) mesmo, na Câmara, o PT tentou aprovar urgência para um projeto que inviabiliza a criação de novos partidos. Quando serve a eles, apoiam, quando não interessa, impedem", afirmou.De acordo com o senador do PSDB de Minas Gerais, há preocupação crescente do governo Dilma com o resultado eleitoral. "Caberá ao PSDB, no momento certo, apresentar o seu nome. Neste momento, cabe ao PSDB e aos outros partidos de oposição discutir um projeto alternativo para o Brasil", afirmou.O tucano voltou a dizer que a alta da inflação ameaça o Plano Real, segundo ele "um patrimônio dos brasileiros que o governo do PT herdou do PSDB, do governo Fernando Henrique, e já coloca em risco". No palco do auditório da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, Aécio disse que o governo federal precisar "descer do palanque".Ele atacou: "O governo gasta mal, gasta muito, administra com enorme ineficiência, o conjunto de obras paralisadas é imenso. Os gargalos de infraestrutura nos levam a um papel quase que ridículo de nós estarmos comemorando por um lado uma safra recorde de grãos e pelo menos 20% dessa safra não chegará sequer aos portos porque não há logística para isso".

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