Aécio descarta possibilidade de ser vice em 2010

Por DANIELE CARVALHO
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O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, descartou ontem a possibilidade de integrar a chapa do PSDB nas eleições presidenciais de 2010 como vice. Ele justificou seu posicionamento com o fato de que, independente do nome aprovado pelo seu partido para concorrer à Presidência da República, o ideal seria que o PSDB fizesse uma composição com aliados. "Sequer cogito esta possibilidade (de ser vice). Até porque acho que isto não é necessário. O meu apoio ao José Serra (governador de São Paulo), se ele vier a ser o candidato do meu partido, independe de qualquer posição na chapa. Acho, inclusive, que num quadro partidário tão plural quanto é o brasileiro, em que nós devemos buscar novas alianças, novos parceiros para governar, seria uma certa presunção do PSDB achar que solitariamente deva compor uma chapa", disse Aécio, que participou o Fórum Econômico Mundial na América Latina, realizado ontem no Rio.No rol de aliados, o governador citou o DEM, o PPS e o PMDB, este último partido de sustentação do governo Lula. "Os partidos que hoje apoiam o governo não farão, necessariamente, uma transferência de apoio para 2010. Acredito que ocorrerão mudanças, até mesmo por conta de importantes alianças estaduais que estão sendo formadas", avaliou Aécio.O governador de Minas minimizou o impasse entre ele e o governador de São Paulo, José Serra, em relação à data para a realização das prévias que escolherão o candidato do partido para 2010. "Tivemos, num determinado momento, opiniões distintas, não divergentes. Houve algumas diferenças em relação a datas, mas não uma oposição. Algumas especulações diziam que eu queria uma data pré-prazo de desfiliação, mas isso não faz o menor sentido. Acho que no final do ano, entre novembro e dezembro, seria o melhor momento. Mas se for no início do ano que vem, não tem problema", disse ele.Aécio afirmou ainda que deve se reunir com Serra e outras lideranças do partido nas próximas semanas para definir a melhor data para a realização da prévia, que, segundo ele, "também ajudará a fortalecer e refundar o partido". Perguntado sobre o apoio de Lula à candidatura da ministra Dilma Rousseff, Aécio afirmou que é "legítimo que o presidente apoie um candidato". Ele disse, ainda, que a presença de Dilma na disputa "garantirá uma campanha de alto nível".

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