Aécio corteja DEM e PMDB em visita ao Congresso

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Por AE
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Ao mesmo tempo em que o PMDB articula uma saída legal para permitir trocas de partido a seis meses da eleição, o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, corteja o DEM e peemedebistas históricos, como o senador Pedro Simon (RS). Seguido por um pequeno cortejo de parlamentares tucanos, Aécio vestiu o figurino de presidenciável na Câmara dos Deputados, ontem. Distribuiu sorrisos e cumprimentos, saudou antigos colegas e parou para tirar fotografias com assessores técnicos e funcionárias terceirizadas que servem cafezinho.Na liderança do DEM na Câmara, o governador lembrou a Aliança Democrática, entre PMDB e o embrião do PFL, que deu a vitória a seu avô, Tancredo Neves, no Colégio Eleitoral, em 1985, e propôs um ato para comemorar os 25 anos dessa parceria histórica que ele cultiva em Minas e quer manter na sucessão de 2010. O afago aos ex-pefelistas foi um contraponto à parceria do governador paulista José Serra - com quem disputa a indicação presidencial do PSDB - com o DEM do prefeito da capital, Gilberto Kassab, e do ex-senador Jorge Bornhausen (SC).Com Simon, que foi ministro da Agricultura de Tancredo, a recepção não poderia ter sido melhor. ?Se eu fosse presidente do PMDB, Aécio estaria no PMDB, seria nosso candidato e o Lula apoiaria?, afirmou o senador. Simon fez questão de contar à imprensa o que disse ter ouvido do próprio presidente tempos atrás. ?O Lula falou para mim que Aécio seria um grande candidato a presidente se ele entrasse no PMDB e o PT o apoiasse, e eu achei uma grande saída.?Em outra roda de jornalistas, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contava que Aécio fez o seguinte comentário: ?Estou de olho no seu projeto?, numa referência à proposta que reduz em seis meses o prazo de filiação partidária para as eleições de 2010. No encontro com deputados do DEM, Aécio foi recepcionado pelo presidente nacional do partido, Rodrigo Maia (RJ), e pelo líder Ronaldo Caiado (GO). Abriu sua fala elogiando a ?ousadia? dos antigos pefelistas, sem a qual a aliança que elegeu Tancredo não seria possível. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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