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Aécio cobra Abin sobre invasão do MST

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, Aécio Neves (PMDB-MG), disse nesta segunda-feira em Belo Horizonte, que o governo deverá "conversar internamente" para saber por que, por meio de órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), não foi detectada a possibilidade de uma invasão de um grupo do MST à fazenda de familiares do presidente Fernando Henrique Cardoso em Buritis (MG). Aécio considerou "incrível" que a Abin não tivesse conhecimento do plano dos sem-terra para poder, antecipadamente, como em outras ocasiões, reforçar a segurança na propriedade. "Da mesma forma que condeno com absoluta veemência a invasão do MST, acho incrível, e temos que conversar isso internamente no governo federal, que a Abin, por exemplo, não estivesse informada de que ali havia um movimento com este objetivo", afirmou. Aécio, que classificou a atitude do MST como "um desrespeito ao Estado de Direito" em e um "passo atrás no processo de reforma agrária no País", elogiou a posição do PT, de eliminar ligação com o episódio. "Foi positiva a posição do PT no sentido de negar apoio ao MST", disse. O presidente da Câmara evitou comentar declarações de integrantes do governo federal, segundo as quais o governador de Minas, Itamar Franco (PMDB), teria contribuído para a invasão já que a Polícia Militar não estaria fazendo segurança adeqüada na região de Buritis. "O que é importante é não delegar responsabilidades, mas sim condenar este ato do MST, que irá pagar um preço caro, a meu ver, por sua irresponsabilidade", afirmou.

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