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Aécio apóia prévias que Tasso defende para 2010

Governador acredita que cúpula do PSDB não deve tomar grandes decisões sozinha

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou que o modelo muito concentrado de decisões que seu partido, o PSDB, utilizou até o ano passado para escolher o seu candidato à Presidência "está completamente exaurido". Aécio elogiou a proposta do senador Tasso Jereissati (CE), presidente nacional da legenda, de criar mecanismos abertos de consulta para as grandes decisões partidárias. O projeto foi revelado por Tasso em entrevista publicada pelo Estado no domingo. Para ele, a informação de que o presidente do partido vai apresentar uma proposta de prévias internas para escolher os candidatos presidenciais do partido "foi uma importante sinalização para o PSDB". Aécio disse não ter se surpreendido com a proposta de Tasso, pois acha que, com o esgotamento do modelo antigo - em que as decisões eram tomadas por um grupo de cardeais, do qual ele mesmo era um dos integrantes mais influentes - tornou-se essencial ao PSDB acolher formatos mais abertos de consultas a seus filiados e eleitores. "Precisamos definir com cautela qual será o modelo que vamos adotar, mas que é necessário implantar um formato de consultas mais freqüentes às bases eu não tenho dúvida nenhuma", afirmou. Motivação interna Para Aécio, um modelo de consultas às bases vai se adequar naturalmente ao PSDB: "Nós somos um partido que respeita a militância". O efeito, segundo o governador, será benéfico. "O PSDB precisa fazer um exercício radical de democracia interna", argumentou, avançando numa autocrítica sobre as práticas internas do partido. Segundo ele, o PSDB precisa também se mobilizar para falar mais à população e entender suas demandas. "Se fizermos isso", assinalou, "nós teremos mais motivação interna". O governador mineiro definiu Tasso como "um militante histórico do PSDB, até por ter sido o único governador a assinar a ata de fundação do partido" e disse que, com a entrevista, ele ganhou força e prestígio para conduzir o partido num ano crucial. "Teremos o congresso que vai atualizar nosso programa, a aprovação do novo sistema de escolha da candidatura presidencial e, por fim, as convenções municipais, regionais e nacional, no segundo semestre", disse Aécio. Para ele, o PSDB chegará mais forte ao fim do ano: "O partido amadureceu e tem noção de suas responsabilidades".

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