Aécio afirma que não vai 'cooptar' PSB e promete aumento no Bolsa Família

'Tenho grande respeito pelo PSB e não vou fazer nenhuma ação de cooptação', declarou o tucano, cuja coligação pediu ao MPF que investigue transferência de imóveis de Graça Foster a parentes

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira, 22, que não vai tentar, neste momento da campanha, aproximação com políticos e candidatos do PSB que não se afinam com a candidata a presidente Marina Silva, substituta de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo no dia 13 de agosto. "Tenho grande respeito pelo PSB e não vou fazer nenhuma ação de cooptação. Se, ao longo, da caminhada, alguém se interessar pelo nosso projeto, será bem-vindo. Não vou mudar nada, tenho um programa que não é um improviso, vem sendo construído há muito tempo", afirmou o candidato durante visita à Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).

Aécio afirmou que os eleitores levarão em conta "a experiência dos aliados" Foto: Werther Santana/Estadão

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Aécio também criticou duramente o que considera interferência do governo no Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá julgar em breve se torna indisponíveis ou não os bens da presidente da Petrobras, Graça Fortes, por responsabilidade na compra da refinaria de Pasadena, no Texas. A coligação de Aécio pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que investigue a informação de que Graça e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró transferiram bens para parentes depois que o tema da venda da refinaria veio a público. "É muito preocupante a interferência da Advocacia Geral da União em outros Poderes. Ao contrário do que o governo pensa, o TCU não é um órgão submetido ao Poder Executivo", disse o candidato.

Bolsa Família. Aécio, prometeu, se eleito, dar aumentos pontuais no Bolsa Família para beneficiários que cumprirem determinados requisitos. Como exemplo, ele disse que poderá haver aumento de 30% do valor pago para alunos que se destacarem nos estudos e de até 50% para adultos desempregados que fizerem cursos de qualificação profissional.

O tucano reiterou que Bolsa Família será mantido e aprimorado e esclareceu que um novo programa, chamado Família Brasileira, será criado em seu governo em complemento ao já existente. Segundo Aécio, as famílias que já recebem transferência direta de renda do governo responderão a questionários com cerca de 20 perguntas sobre a situação familiar e as condições dos domicílios.

"O programa Família Brasileira não precisa estar vinculado ao mesmo ministério do Bolsa Família (Desenvolvimento Social). Cada ministério vai atuar nas carências de cada família, seja na área da educação, do saneamento ou dos jovens vulneráveis", afirmou o candidato.

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