Aécio admite disputar a reeleição de olho em 2010

Ele tentará agora costurar uma aliança com o PMDB e já se reuniu com o ex-presidente Itamar Franco

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), confirmou hoje que será candidato à reeleição no pleito de outubro. Durante o anúncio, no Palácio das Mangabeiras, Aécio deixou claro que seu projeto de reeleição mira a sucessão presidencial em 2010, quando, acredita, haverá uma "saturação" de 16 anos ininterruptos de governos federais comandados por paulistas. Por isso, centrou seu recado na "unidade" das forças políticas do Estado. Aécio cogitou e trabalhou para viabilizar uma candidatura ao Senado, mas a falta de um sucessor natural levou-o a decidir pela disputa de um novo mandato à frente do Palácio da Liberdade. Desde a semana passada, um movimento de apoios - incluindo um manifesto de prefeitos petistas - preparou terreno para o anúncio de Aécio, que considera o segundo mandato "muito complicado". No Senado, o governador esperava ter mais visibilidade atuando no que chamou de "grandes temas nacionais no Congresso". Hoje, citou o avô, Tancredo Neves, para lembrar que política é "destino". "Submeto essa minha disposição pessoal à vontade da maioria dos companheiros de Minas Gerais e coloco meu nome mais uma vez como candidato ao governo do Estado". Aécio tentará agora costurar uma aliança com o PMDB. Pela manhã, se reuniu com o ex-presidente Itamar Franco e pediu que ele levasse aos peemedebistas mineiros sua disposição de uma "composição política". Na ofensiva para atrair o PMDB para o bloco de apoio de Aécio, o PSDB poderá oferecer a vaga de vice na chapa. Itamar procura viabilizar sua candidatura ao Senado pelo partido, que ainda trabalha com outras duas opções: o lançamento de uma candidatura própria e até uma aliança com o PT. No entanto, a decisão de Aécio e a manutenção da regra da verticalização poderão levar o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a desistir de ser candidato e permanecer no Ministério.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.