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Advogados de Delcídio no Conselho de Ética renunciam à defesa do senador

Pedido foi protocolado nesta manhã, um dia após vir à tona as noticias sobre a delação premiada do petista na Lava Jato

Por Isabela Bonfim e Adriano Ceolin
Atualização:
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) Foto: Agência Senado

Brasília - Os advogados de Delcídio Amaral (PT-MS) no processo a que ele responde no Senado, Gilson Dipp e Luís Henrique Machado, protocolaram nesta manhã a renúncia da defesa do senador no Conselho de Ética.

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"Já está protocolada no Conselho de Ética a renúncia irrevogável. Renunciei por motivo de foro íntimo", afirmou ao Estadão. 

"Nós tínhamos uma estratégia de defesa que não tinha nada a ver com delação. Fomos surpreendidos pelos fatos trazidos pela imprensa. Portanto, a relação de confiança entre advogado e cliente foi quebrada", afirma Luís Henrique Machado.

Como adiantou o Estado ontem, Dipp, que coordena a defesa de Delcídio no Senado, não sabia da existência de uma delação premiada do senador e não foi notificado pelos advogados querespondem pela defesa do senador no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele demonstrou incômodo por receber a notícia pela imprensa.

Machado disse que não conversou com Delcídio sobre a delação. "Mas seria ingenuidade achar que os dados divulgados pela imprensa são factoides", avaliou. Dipp também afirmou que, mesmo após a delação vir à tona, ele não foi procurado pela equipe de Delcídio. "Nunca me procuraram. Ninguém me procurou e não vão procurar."

Gilson Dipp evitou falar sobre as implicações da delação na defesa de Delcídio. "Eu não quero falar porque, até pouco tempo, eu o defendia no Conselho de Ética. Aquela defesa no Senado está ultrapassada. Mas agora as consequências são outras, que também não me interessam", afirmou Dipp. 

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