16 de março de 2010 | 16h06
Os advogados do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pediram nesta terça-feira, 16, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a revogação da prisão preventiva decretada no mês passado. A defesa alega excesso de prazo para a prisão e afirma que, em razão de problemas de saúde, Arruda deveria deixar a carceragem da Polícia Federal.
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O pedido deve ser julgado nesta quarta-feira pela Corte Especial do STJ. Foi a mesma Corte Especial que decretou, por 12 votos a 2, a prisão preventiva de Arruda no dia 11 de fevereiro diante dos indícios de que estaria tentando obstruir as investigações. Naquela sessão, apenas os ministros Nilson Naves e Teori Zavascki votaram contra a prisão.
A tentativa de tirar Arruda da cadeia no STJ, antecipada na última segunda-feira, 15, pelo Estado, é a alternativa que os advogados encontraram depois da derrota por 9 votos a 1 no Supremo Tribunal Federal (STF). Há duas semanas, os ministros do STF negaram o pedido de liberdade.
O pedido, protocolado nesta terça-feira no STJ, deve ser encaminhado ao ministro Fernando Gonçalves, relator dos inquéritos abertos para investigar o mensalão do DEM no Distrito Federal e a tentativa de suborno de testemunhas no processo.
O pedido da defesa é feito no mesmo dia em que foram divulgados os resultados dos exames médicos do governador. Hoje, ao deixar a sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o médico de Arruda, Brasil Caiado, revelou que o governador está com 50% da artéria principal do coração obstruída e terá que se submeter a um cateterismo - processo cirúrgico para exame detalhado das coronárias ou correção de problemas cardiovasculares.
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