PUBLICIDADE

Advogado se mostra confiante sobre liberação de Arruda

PUBLICIDADE

Por Vannildo Mendes
Atualização:

O advogado Nélio Machado, que trabalha na defesa do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, manifestou confiança de que o Supremo Tribunal Federal (STF) concederá habeas corpus para que Arruda responda o processo em liberdade, com o compromisso de não retornar ao cargo até o final do inquérito sobre a Operação Caixa de Pandora."Não entro em campo derrotado. Confio que o Supremo concederá o habeas corpus. O Supremo não desertará da sua tradição de sentinela das liberdades e de órgão garantidor máximo da República e do Estado de direito", afirmou. O advogado disse que só vai avaliar um eventual pedido de prisão domiciliar ou de transferência do governador para um hospital, depois de julgamento de hoje, que ainda não começou. "Quando eu peço o menor, eu enfraqueço o maior", disse o advogado, reforçando que o objetivo da defesa é a libertação imediata.Nélio disse que o governador passa por um momento psicológico extremamente delicado e que o afastamento dele do governo se deve mais pela situação psicológica do que um eventual risco de atrapalhar ou obstruir o inquérito. "O governador quer ver restabelecidas todas as suas prerrogativas e sua posição de homem de bem que o é. Mas só assumirá efetivamente o cargo depois de concluído o inquérito".O advogado criticou duramente decisão do STF de ter determinado prisão do governador em 11 de fevereiro, sem respeitar princípio amplo do direito de defesa. Nélio Machado disse que a saúde do governador é frágil e que ele está tomando medicamento. Além disso, disse que o próprio medico da Polícia Federal recomendou que Arruda beba água de coco, diariamente, para estabilizar a pressão alta.Segundo o advogado, Arruda tem crises depressivas com altos e baixos, e que sofre porque considera uma injustiça essa situação que está vivendo. Nélio comparou o local onde Arruda está preso a uma masmorra. Segundo ele, é um cubículo, sem privacidade, sem direito a visitas, tendo que pedir licença para ir ao banheiro. "É preferível prisão domiciliar ou hospitalar a uma masmorra", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.