O advogado do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, José Roberto Batochio, afirmou nesta quarta-feira que não é possível existir qualquer tipo de relatório por parte da Polícia Federal que possa apontar seu cliente como mandante na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo. De acordo com Batochio, que chegou à Delegacia Seccional de Ribeirão Preto, além de o inquérito correr em segredo de justiça, o artigo 10º do Código do Processo Penal prevê que o relatório seja a última manifestação do delegado no procedimento. "Se não terminou o inquérito, não pode haver relatório; o relatório não é salame para dividir em fatias", disse o advogado, que está com com o delegado seccional Benedito Antonio Valencise. Os dois devem definir a data em que Palocci irá prestar depoimento no inquérito criminal que apura irregularidades no contrato de limpeza urbana de Ribeirão Preto no período em que Palocci foi prefeito da cidade paulista (2001-2002).