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Advogado diz que Delúbio é 'homem pobre' e rebate 'quadrilha'

Malheiros diz que mensalão 'não existiu' e que tem como provar por meio de votações desfavoráveis ao governo

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Por Redação
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Arnaldo Malheiros, advogado Delúbio Soares, disse na defesa no Supremo Tribunal Federal (STF) que não existe dinheiro público no caso do mensalão e diz que não se pode tratar o tema como "formação de quadrilha", como fez o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O advogado disse ainda que Delúbio é "homem pobre". Veja também: 'Sem governo, mensalão não existiria', diz procurador Denúncia não revela elo de Dirceu com mensalão, diz defesa Relator do mensalão não poupa acusados em apresentação STF nega pedido de Jefferson por julgamentos individuais STF inicia julgamento dos 40 acusados pelo mensalão Ministro do STJ defende fim do foro privilegiado a autoridadesQuem são os 40 do mensalão Saiba como o STF vai examinar a denúncia do 'mensalão' Deputados na mira: os cassados, os absolvidos e os que renunciaram  Entenda: de uma câmera oculta aos 40 do mensalão  Veja o flagra de Marinho    "Quadrilha é com fins criminosos, com a quebra de sigilos dele veremos que ele é homem pobre. O que a denúncia descreve é uma associação não de pessoas, mas sim de núcleos. O PT se associou ao Valério (Marcos Valério, publicitário) para obter dinheiro, o mensalão, "o mensalão que não se provou, já que isto seria pagamento regular, mensal". Segundo ele, não há provas do mensalão, mas de transferência de dinheiro, "mas não era público". "Não há dinheiro público, o dinheiro vinha do banco, deram certamente porque iriam obter vantagem", afirmou. "Se era isso", continuou o advogado, "demonstramos na defesa um levantamento com a taxa de remessas que o partido dá ao governo. Que mostra que quanto mais dinheiro teve menos apoio recebeu o governo", disse. "Isso não é corrupção ativa , isso não existiu, as grandes votações do governo foram votadas contra. Por tudo isso, a denúncia é imprestável", resumiu. O esquema do mensalão - pagamento de uma suposta mesada a parlamentares para votarem a favor de projetos do governo - foi denunciado por Roberto Jefferson, então deputado pelo PTB e presidente da legenda, que acabou sendo cassado por conta de seu envolvimento. Segundo ele, os pagamentos mensais chegavam a R$ 30 mil e o esquema de repasse do dinheiro era feito através de movimentações financeiras do empresário Marcos Valério. Dos acusados de envolvimento no esquema, foram cassados José Dirceu, Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o mensalão, e Pedro Corrêa (PP-PE). Quatro parlamentares renunciaram para fugir do processo e 11 foram absolvidos.

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