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Advogado de Valério pede absolvição, mas admite condenação se for com pena baixa

Em caso de condenação, defesa pede "pena base" para cada um dos 9 crimes dos quais o publicitário é acusado

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Por Redação
Atualização:

O advogado Marcelo Leonardo manteve a praxe de pedir a absolvição de seu cliente, o advogado Marcos Valério, mas solicitou que na hipótese de uma condenação pelo menos se aplique uma "pena base", ou seja, a mínima a ser aplicada para cada crime.

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"A defesa pede a absolvição pelas nove acusações e onze diferentes fundamentos, mas, se, por absurdo, essa corte entender que é caso de condenação solicito a admissão da pena base porque é preciso reconhecer quem era a pessoa do Marcos Valério", disse Leonardo.

Ele destacou que Valério é réu primário e era um empresário conhecido e respeitado em Minas Gerais. Citou um drama familiar do publicitário dizendo que usa a cabeça raspada em homenagem a um filho que morreu de câncer aos seis anos. Afirmou que o cliente não pode ser condenado apenas para se atender à opinião pública. "Marcos Valério não é troféu ou personagem a ser sacrificado em altar midiático", afirmou.

Em relação às acusações de lavagem de dinheiro, o advogado destacou que não há prova de nenhum crime que tornasse ilícita a origem dos recursos. Baseou-se em perícias para afirmar que os empréstimos junto aos bancos BMG e Rural, que abasteceram o esquema, eram verdadeiros. Ressaltou que foram obtidos créditos de R$ 52,2 milhões e os recursos repassados a políticos foi de R$ 50,7 milhões. Por isso, na visão dele, a verdadeira origem do dinheiro é realmente os empréstimos.

"Os valores têm origem em empréstimos verdadeiros, depositados na conta da própria agência, com identificação dos sacadores, o banco arquivou as informações, assinava-se recibo dos saques. Então, não há na denúncia nenhum momento em que o dinheiro se transformou de ilícito para lícito", afirmou Leonardo.

Rebateu ainda a acusação de evasão de divisas pelos repasses feitos ao publicitário Duda Mendonça em contas no exterior. Afirmou que não houve envio de dinheiro para fora do país, mas movimentações em contas no exterior. Destacou que a própria procuradoria considera que pode ter ocorrido "apenas" lavagem de dinheiro e rebateu também essa acusação novamente dizendo que a fonte dos recursos eram os empréstimos.

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