19 de fevereiro de 2009 | 09h18
O advogado de defesa da brasileira Paula Oliveira, Roger Müller, afirmou nesta quinta-feira que está discutindo duas a três estratégias para defendê-la, entre elas usar como atenuante o fato de ela sofrer de lúpus, uma doença inflamatória que, entre outros sintomas, poderia provocar distúrbios psicológicos."Ainda não definimos nossas táticas, mas esta seria uma delas", afirmou Müller.Em relação à confissão que a publicação suíça Die Weltwocheafirmou que Paula teria feito à polícia, admitindo que ela não foi atacada por neonazistas nem estava grávida, o advogado disse não poder confirmar nada.Em sua edição desta quinta-feira, a revista diz que Paula teria assinado uma confissão à polícia na última sexta-feira, mas não é citada a fonte desta informação. Na semana que vem Paula será ouvida pelo promotor público responsável por seu indiciamento, Marcel Frei. Segundo Müller, o dia exato ainda não foi definido.A brasileira foi indiciada na última terça-feira "por suspeita de induzir as autoridades ao erro", segundo um comunicado da Promotoria Pública, e teve seu passaporte retido para garantir que ela permaneça na Suíça "o tempo que sua presença for necessária para o inquérito e todas as providências da investigação tiverem sido tomadas".Apesar de o código penal suíço prever uma pena de prisão de até três anos para casos como este, Müller descartou a possibilidade de Paula ser presa."Esta não é uma possibilidade realista no caso da Paula, ela não vai ser presa", afirmou Müller, sem querer dar maiores explicações para "não antecipar a investigação". De acordo com ele, apesar de já ter havido casos parecidos com o da brasileira, todos foram de "menor importância e gravidade leve", portanto não há como supôr que o desfecho do processo de Paula seja igual ao de outros casos parecidos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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