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Advogado de Jorge está quase sem paciência

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Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado José Gerardo Grossi ameaçou há pouco entrar na Justiça com mandado de segurança para obrigar o Banco Central a informar a seu cliente, o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira, se encontrou alguma operação dele entre as mais de 500 já rastreadas pelo Banco Central relativas aos pagamentos do Tesouro para as obras do Fórum Trabalhista, sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. "Minha paciência está se esgotando", afirmou Grossi. A queixa contra o BC e o Ministério Público (MP) foi apresentada por Eduardo Jorge, em carta entregue nesta quarta-feira por Grossi ao presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). Na carta, que acompanhou documentos sobre novos dados fiscais e telefônicos de Eduardo Jorge, ele reclama que há meses vem sendo acusado pela imprensa de envolvimento em irregularidades não comprovadas e não encontra o "foro adequado" no qual possa manifestar-se. Ele disse que tem tomado a iniciativa de fornecer documentos para responder a cada acusação com uma "contribuição de caráter pessoal, para distensionar o clima de denuncismo histérico que tem tomado conta do País nos últimos meses, mesmo às custas de direitos tão caros a qualquer cidadão como os da privacidade e da proteção da intimidade". Ele cita que, após sete meses de investigações, nada se apurou contra ele no Banco Central, no Ministério Público e na Receita Federal com relação aos escândalos do TRT paulista, à compra de um apartamento no Rio de Janeiro ou a irregularidades no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e no Serviço de Processamento de Dados (Serpro). Afirma, ainda, que até hoje não foi chamado a prestar depoimento aos procuradores da República incumbidos das investigações e atribui o procedimento deles a uma "expedição de pesca em que se joga a rede para ver que peixe veio, sem se saber o que pode resultar". Ele critica, ainda, o fato de um procurador "gravar, às escondidas" conversa com um senador e divulgar seu conteúdo à imprensa, referindo-se à fita gravada durante o encontro de três procuradores da República no Distrito Federal com o ex-presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), em meados de fevereiro. "Poucas vezes na minha vida tive notícia de um agente público que quebrasse de tal forma os princípios da ética pública", observou.

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