Advogado de João Paulo diz ter esperança de absolvição

Alberto Toron diz que réu irá se submeter a 'qualquer decisão judicial'

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Por Redação
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O advogado Alberto Toron afirmou que o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) vai "se submeter" à decisão do Supremo Tribunal Federal se for decretada a sua prisão. Toron destacou que o tribunal está dividido em relação a dois dos quatro crimes imputados a seu cliente e disse ter ainda esperança de uma absolvição. "Se for decretada a prisão, ele vai se submeter. Ele vai se submeter a qualquer decisão judicial", disse o advogado, ressaltando que só considera possível a expedição de eventual mandado após o trânsito em julgado, ou seja, após embargos que poderão ainda ser interpostos pela defesa.Até o final da tarde desta quarta-feira, 29, existem cinco votos pela condenação de João Paulo pelos crimes de corrupção passiva e um peculato, relativo ao contrato com a SMP&B, faltando apenas um para se alcançar a maioria no STF. Há também três votos pela condenação e três pela absolvição em relação ao crime de lavagem de dinheiro, enquanto quatro ministros votaram pela absolvição e três pela condenação em relação ao peculato envolvendo a contratação da empresa IFT, de um jornalista que atuaria assessor pessoal do deputado.O advogado destacou que na dosimetria proposta por Peluso, João Paulo seria enquadrado no regime semiaberto, no qual teria de se recolher a um presídio apenas no período da noite. Considerou ainda "natural" a perda do mandato em caso da decretação da prisão. João Paulo é o único dos 37 réus em julgamento que disputa as eleições deste ano. Ele é candidato a prefeito de Osasco.O defensor criticou algumas afirmações de Peluso insistindo na inocência de seu cliente. "O ministro se apegou a dados circunstanciais equivocados". Toron afirma que o petista recebeu o dinheiro para pesquisas pré-eleitorais na região de Osasco (SP) e que não ajudou a SMP&B em licitação na Câmara.

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