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Advogada-geral da União diz que órgão 'jamais' interferiu em caso de Geddel

Ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em novembro que, após ex-titular da Secretaria de Governo lhe pedir para liberar obra de prédio onde teria apartamento, Temer sugeriu que levasse caso à AGU

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Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - A advogada-geral da União, Grace Maria Fernandes Mendonça, disse nesta sexta-feira, 16, a Advocacia-Geral da União (AGU) "jamais" interferiu no caso envolvendo o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima e o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

A advogada-geraldaUnião,Grace Mendonça Foto: Divugação/STF

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Na quinta-feira, 15, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu encaminhar processo ao Ministério Público Federal para que se investigue se Geddel cometeu irregularidade ao tentar liberar a construção de um prédio, no qual tem um apartamento. A obrafoi vetada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado ao Ministério da Cultura. 

Ao pedir demissão, no fim de novembro, Calero disse à imprensa que Geddel teria usado o cargo público em benefício pessoal. Calero também disse que se sentiu pressionado pelo presidente Michel Temer, que lhe teria sugerido levar o caso à AGU.

Nesta sexta-feira, após participar de seminário no Rio, Grace disse que a atuação da AGU foi respaldada pela legislação. "Jamais houve interferência da AGU nesse caso", disse Grace. Segundo ela, o parecer do Iphan sobre a obra é definitivo, mas cabe recurso administrativo ao Ministério da Cultura, e a decisão final cabe ao atual ministro, Roberto Freire.