06 de janeiro de 2012 | 15h57
Segundo o jovem, ele planejou matar Souza depois de ter sido denunciado à Polícia Militar pelo radialista, após cometer delitos na região onde o comunicador morava. O adolescente também indicou o coautor do crime, que segue sendo procurado pela polícia, e a localização da arma do crime, que teria sido jogada em um rio - uma equipe foi ao local para tentar resgatá-la.
Apesar da confissão, o delegado Antônio Fernando do Carmo afirma que a investigação sobre o crime segue sendo realizada, porque há indícios de que a real motivação para o assassinato seja outra.
De acordo com amigos e familiares, Souza, que era pré-candidato a vereador do município, vinha sofrendo ameaças de traficantes de drogas por causa de ações sociais que realizava em Simões Filho, como distribuição de cestas básicas à população de bairros carentes.
O crime causou reações de entidades nacionais e internacionais. Por meio de notas, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) cobraram velocidade nas investigações e alertaram para a tentativa, por parte de traficantes de drogas, de cerceamento dos trabalhos da imprensa.
"O recrudescimento da violência cometida pelo narcotráfico contra jornalistas em países da América Latina exige enérgica reação das autoridades policiais e judiciais", disse o comunicado da AIR, assinado pelo diretor-presidente da entidade, Héctor Amengual Luis Pardo Sáinz. "Sempre que o direito à liberdade de imprensa e ao acesso à informação está ameaçado, é a democracia que corre perigo."
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