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Acusados no mensalão querem sentenças antes de 2010

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Por AE
Atualização:

Transformados em réus no processo do mensalão, parlamentares governistas e petistas agora querem pressa. A ordem para seus advogados é não fazer manobras que atrasem o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). De olho nas eleições de 2010, boa parte espera poder se candidatar sem a pecha de estar respondendo a processo. José Luis de Oliveira e Lima, advogado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, pediu pressa e insistiu em sua inocência. ?O julgamento para recebimento da denúncia foi técnico. É inegável que não estou satisfeito. Não esperávamos que a denúncia fosse recebida?, admitiu, em Brasília. ?Acho que com um julgamento mais amplo e complexo será provada sua inocência.? Arnaldo Malheiros, advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também promete não atrasar a ação. ?Não há esperanças de que os crimes vão prescrever. Portanto quanto mais depressa andar, melhor?, disse. ?Os réus políticos acham que quanto mais depressa a ação penal andar, melhor?, resumiu Luiz Fernando Pacheco, advogado do deputado José Genoino (PT-SP). ?Não é o caso de buscar enrolar para que os crimes prescrevam?, disse Gustavo Badaró, que defende o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira. Tales Castelo Branco, advogado do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia Zilmar Fernandes, vai nessa linha. ?Tenho interesse em que o processo seja célere, seja rápido e esse sofrimento termine logo?, disse. ?Não houve ocorrência de crimes porque os dois receberam dinheiro fruto de trabalho honesto. Eles não sabiam que o dinheiro tinha origem ilícita.? Advogado da diretoria do Banco Rural, o ex-ministro José Carlos Dias também espera que o processo ande depressa. ?O Banco Rural tem de trabalhar com o nome o mais limpo possível. Por isso quer um julgamento rápido?, explicou. Paulo Sérgio Abreu e Silva, que defende Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério, e a ex-funcionária da SMPB Geiza Dias dos Santos, disse que vai entrar com recurso contra o indiciamento dos dois e argumentou que Geiza só cumpria ordens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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